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MUNICÍPIO DE JANAÚBA ESTADO DE MINAS GERAIS CNPJ 18.017.392/0001-67 Praça Dr. Rockert, 92 – Centro – CEP 39440-000 – Janaúba – MG |
LEI N° 1.674 DE 06 DE ABRIL
DE 2006
DISPÕE SOBRE A INSTITUIÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DECENAL DE EDUCAÇÃO DE JANAÚBA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
O povo do Município de Janaúba, Estado de Minas Gerais, por seus representantes na Câmara Municipal aprova, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica instituído Plano Municipal
Decenal de Educação – PMDE, na conformidade com a Lei Orgânica do Município de
Janaúba, Estado de Minas Gerais.
Art. 2º - Fica estabelecido o Plano Municipal Decenal de Educação – PMDE com duração de dez anos.
Art. 3º - O Plano Municipal Decenal de Educação – PMDE foi elaborado com participação da sociedade, sob a coordenação do Fórum Municipal de Educação subsidiado pela Secretaria Municipal de Educação em conformidade com o Plano Nacional de Educação.
Art. 4º - O Plano Municipal Decenal de Educação – PMDE reger-se-á pelos princípios da democracia e da autonomia, buscando atingir o que preconiza a Constituição Federal, a Constituição do Estado de Minas Gerais como também a Lei Orgânica do Município de Janaúba.
Art. 5º - O Plano Municipal Decenal de Educação – PMDE contém a proposta educacional do município, com suas respectivas diretrizes, objetivos, metas, conforme documento em anexo.
Art. 6º - Compete ao Conselho Municipal de Educação realizar o acompanhamento e a avaliação da execução do Plano.
Art. 7º - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão a conta das verbas orçamentárias próprias, suplementadas se necessárias e de outros recursos capitados no decorrer da execução do Plano.
Art. 8º - O Poder Executivo Municipal empenhar-se-á na divulgação deste Plano e na progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade de Janaúba conheça amplamente e acompanhe sua implementação.
Art. 8º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Janaúba, MG, 06 de abril de 2006
Ivonei Abade Brito
Prefeito de Janaúba/MG
Robson Luiz Veloso
Secretário de
Planejamento
PLANO MUNICIPAL DECENAL DE EDUCAÇÃO 2006-2015
O que te faz vermelha
É a terra quente
É o sangue branco
É o sol presente
É o canto solto
De passarada e crias
O que te faz vermelha Água e vento
mornos.
Oposto o verde mato
E a transferência
Deste forro lázuli
Entre estrelas guias
O que te faz vermelha
E o que determina
A vontade e garra
Na cultura ruiva
É a mistura de Minas
Há um tanto índio
Há um tanto negro
Há um tanto branco
Há um tanto fruto
De silvestres troncos.
Há o apuro e
o encanto que
De sol e chuva
Floresce Janaúba.
(Helena Armond)
Apresentação
A Educação Municipal vem, ao longo dos anos, construindo a
sua história de forma participativa e
democrática com ações de sucesso em todas as esferas administrativas. As
escolas estaduais - com os seus desafios e vitórias - a rede particular de
ensino - com aumento da oferta de cursos e
vagas, primando-se pela qualidade - e a rede municipal que vem
organizando o seu sistema com competência.
No ano de 1993, instiuiu-se o Plano Municipal de Educação que
envolveu a participação das diversas escolas municipais e estaduais. As ações
ali propostas serviram de referência para as ações que nortearam a educação
durante os cinco anos seguintes. Após a vigência desse planejamento, as
diretrizes educacionais do município foram traçadas pelos próprios governos
municipais, tendo como referência o
Plano de Atendimento que é elaborado a partir do Censo Escolar.
De acordo
com exigências legais, ressaltando a Lei
Federal nº 10172 que institui o Plano
Nacional de Educação,
o município de Janaúba instituiu, na forma de Lei, o Fórum Municipal de Educação, como instância
de debates, formulação, discussão e definição de princípios e propostas de ação visando à construção coletiva do
Plano Municipal Decenal de Educação - PMDE.
Acredita-se que este Plano Municipal Decenal de Educação é um
plano de estado cujos objetivos e metas aqui fixadas são objetivos e metas dos
cidadãos e das organizações da sociedade civil existentes no município que
participaram efetivamente da sua elaboração e que deverão se responsabilizar
pelo controle da sua execução.
Este Plano, o primeiro a ser elaborado sob a égide da
Constituição de 1988 e da nova LDB, fixa os objetivos e metas da educação
municipal para os próximos dez anos. Portanto, tem a importância histórica de
delinear e instruir a política educacional do município. Dentro desta
perspectiva, é função do PMDE hierarquizar
prioridades, a partir de um diagnóstico realista do quadro atual, e propor
estratégias adequadas para realização das metas estabelecidas. Como resultado
do planejamento público setorial, deve responder às demandas e carências
educacionais da sociedade.
Agora, temos de ir mais longe, temos de avançar e, para isso,
precisamos de esperança, de vontade política e de ação realizadora. Tudo a
favor do progresso para todos! Não é um sonho impossível, uma esperança
irrealizável. Na verdade, a Janaúba moderna está construída pelo seu povo que
juntou a vontade e a competência. Agora é progredir.
Ivonei Abade Brito
Prefeito de Janaúba
Luzia Angélica de Fátima Aguiar Santos
Secretaria Municipal de Educação
Introdução
Histórico do Plano Decenal de Educação de Janaúba
Contexto Nacional
A instalação da República no Brasil e o surgimento das primeiras idéias de um plano que tratasse da educação para todo o território nacional aconteceram simultaneamente. À medida que o quadro social, político e econômico do início deste século se desenhava, a educação começava a se impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país. Havia grande preocupação com a instrução, nos seus diversos níveis e modalidades. Nas duas primeiras décadas, as várias reformas educacionais ajudaram no amadurecimento da percepção coletiva da educação como um problema nacional.
Em 1932, educadores e intelectuais brasileiros lançaram um manifesto ao povo e ao governo, que ficou conhecido como "Manifesto dos Pioneiros da Educação". Propunham a reconstrução educacional, "de grande alcance e de vastas proporções [...] de um plano com sentido unitário e de bases científicas [...]". O documento teve grande repercussão e motivou uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição Brasileira de 16 de julho de 1934 sobre a necessidade de elaboração de um Plano Nacional de educação.
Todas as constituições posteriores, com exceção da Carta de 1937, incorporaram, implícita ou explicitamente, essa idéia e havia, subjacente, o consenso de que o plano devia ser fixado por lei.
Essa idéia, entretanto, não se concretizou, apesar das iniciativas tomadas em 1962 e 1967. Somente com a Constituição Federal de 1988, cinqüenta anos após a primeira tentativa oficial, ressurgiu a idéia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação.
Entre 1993 e 1994, após a conferência Mundial de Educação em Jontiem, Tailândia, e por exigência dos documentos resultantes desta conferência, foi elaborado o Plano Nacional de Educação para Todos, num amplo processo democrático coordenado pelo MEC. O plano foi aprovado no final do governo Itamar Franco e esquecido pelo governo que o sucedeu.
Em 1996, é aprovada a segunda LDBEN -Lei 9.394/96, que insiste na necessidade de elaboração de um plano nacional em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, com duração de dez anos, para reger a educação na Década da Educação. Estabelece, ainda, que a União encaminhe o plano ao Congresso Nacional, um ano após a publicação da citada lei, com diretrizes e metas para todos os níveis e modalidades de ensino..
Em fevereiro de 1998, chega à Câmara dos Deputados dois projetos de Lei visando à instituição do Plano Nacional de Educação: O Projeto N° 4.155/98 apresentado pelo Deputado Ivan Valente e o Projeto n° 4.173/98 apresentado pelo MEC.
Ao final de um longo processo de discussões, o relator da Comissão de Educação opta por redigir um substitutivo, incorporando as contribuições dos dois projetos, que em 14 /12/2000 foi aprovado.
Em 09 de janeiro de 2001, o Presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 10.172 que institui o Plano Nacional de Educação PNE, e que estabelece a obrigatoriedade de os estados e municípios elaborarem e submeterem à apreciação e aprovação do Poder Legislativo correspondente a proposta de um Plano Decenal próprio.
Quatro premissas orientaram a elaboração do PNE:
1. educação como direito de todos;
2. educação como fator de desenvolvimento social e econômico do País;
3. redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública;
4. democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos oficiais.
Os objetivos estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação são:
• Elevação do nível de escolaridade da população.
• Melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis e modalidades.
• Redução de desigualdades sociais e regionais.
• Democratização da gestão do ensino.
Considerando a escassez de recursos, o PNE/01 estabeleceu as seguintes prioridades:
a) Garantia do Ensino Fundamental obrigatório de oito anos a todas as crianças de 7 a 14 anos.
b) Garantia de Ensino Fundamental a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram.
c) Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino: a Educação Infantil, o Ensino Médio e a Educação Superior.
d) Valorização dos profissionais da educação.
e) Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino.
Contexto Estadual
Mais uma vez Minas faz a diferença. Embora a recomendação legal da LDB/96, no
seu Art. 10 seja: “Os Estados
incumbir-se-ão de (...) elaborar e executar políticas e planos educacionais, em
consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e
coordenando as suas ações e as dos Municípios”, a Secretaria de Estado da
Educação, em respeito à autonomia dos municípios, como entes federados
autônomos, e à política Cooperação-Mútua – iniciada neste Estado na década de
90 –optou por sugerir, de comum acordo com a União Nacional de Dirigentes
Municipais de Educação, Seção MG - UNDIME/MG, um percurso crítico de
planejamento, a partir de uma determinada filosofia de trabalho e de trilhas
consideradas mais eficazes na construção democrática dos Planos Decenais de
Educação de Minas Gerais.
Tal percurso pressupôs que os municípios traçassem ao mesmo
tempo que o Estado e em ação articulada com o Plano Nacional (e Estadual de
Educação), diretrizes e objetivos gerais para a Educação e, em ação autônoma,
elaborassem, a partir de um amplo diagnóstico,
os objetivos, metas e ações específicas
que respondessem às expectativas de cada
um dos seus níveis e modalidades de ensino.
Esta proposta representa o reflexo de idas e vindas de
discussões entre os atores mais relevantes, envolvidos no processo, durante um
tempo de pré-planejamento. Pode-se ainda dizer que ela espelha um modo de se
acreditar no planejamento como processo democrático, baseado no diálogo e na
troca de experiências, a partir dos dados da realidade.
Seguindo essa orientação, e com o devido cuidado para que os
Planos Municipais não corram o risco de ficar apenas no desejo, como tantos
outros, a SEE/MG orientou Janaúba e os demais 852 (oitocentos e cinqüenta e
dois) municípios mineiros, na elaboração de nossos respectivos planos, oferecendo-nos
apoio técnico para a construção democrática e científica do Plano, inclusive
através de um “Atlas da Educação de Minas Gerais”, elaborado pela Fundação João
Pinheiro, contendo todos os dados estatísticos necessários ao diagnóstico da
educação municipal.
Desse modo, em Minas Gerais, Estado e municípios,
construímos em bases pactuadas e
negociadas e em tempo único os nossos respectivos Planos Decenais de Educação,
de forma articulada com o Plano Nacional e de acordo com nossas demandas e
vocação histórico-sociais.
Os objetivos
a serem contemplados pelo Plano Estadual de Educação – PEE/MG já se encontram explicitados no Art. 204 da
Constituição Estadual - CE/89 e são os seguintes:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V
–
promoção humanística, científica e tecnológica.
Além destes
objetivos, a SEE já anunciou, através, inclusive, de políticas já
implementadas, algumas das prioridades do
PEE/MG. Entre elas ressaltamos: a racionalização e modernização da
administração do sistema; a ampliação e melhoria do Ensino Fundamental:
•
a
universalização e melhoria do Ensino Médio;
•
a
adequada atenção à Educação de Jovens e Adultos;
•
a
progressiva ampliação do tempo de permanência na escola;
•
a
redução das desigualdades sociais e regionais, no tocante ao acesso e à
permanência, com sucesso, na educação pública, com a promoção da eqüidade;
•
a
valorização e formação continuada dos profissionais da educação;
•
a
democratização da gestão do ensino público;
•
a
manutenção de programas existentes e
aprovados;
•
a
ouvidoria educacional;
•
o
fortalecimento do regime de colaboração entre Estado e os municípios.
Contexto Municipal
Janaúba dedica-se a esta empreitada, comprometendo-se, dentro
de seus limites – legais, financeiros e técnicos – a cumprir as suas
prioridades elencadas.
Os objetivos gerais do PDME de Janaúba são os mesmos do Plano
Nacional de Educação e os seus objetivos específicos podem ser enunciados a
partir dos desafios por ele colocados aos municípios:
•
ampliação
do atendimento e promoção da eqüidade;
•
busca
da eficiência, melhoria da qualidade da educação e valorização do magistério;
•
ampliação
dos recursos para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e acompanhamento e
controle social;
•
descentralização,
autonomia da escola e participação da sociedade na gestão educacional.
Considerando o estágio de desenvolvimento em
que se encontra Janaúba evidenciado pelo seu diagnóstico educacional, as
expectativas da sua população e a escassez de recursos apontamos como prioridades:
•
Melhorar
o desempenho acadêmico em todos os níveis;
•
Erradicar
o analfabetismo;
•
Valorizar
os profissionais da educação;
•
Democratizar
a gestão do ensino público;
•
Implantar
o ensino de tempo integral;
•
Universalizar
a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio;
Modernizar a gestão do
Sistema Municipal de Ensino.
•
Racionalizar
a oferta do transporte escolar na Rede Pública.
•
Adequar
a rede física para melhor atendimento da demanda escolar.
Como se percebe, este Plano não é um plano da Secretaria
Municipal de Educação para a rede municipal. Os objetivos e metas que nele
estão fixados são objetivos e metas dos cidadãos e das organizações da
sociedade civil existentes no município e dizem respeito à educação de Janaúba, em todos os seus níveis
e modalidades de ensino e, não apenas àqueles referentes a sua responsabilidade
constitucional de oferta.
Este é, portanto, um plano de Estado, razão
pela qual transcende o atual governo e tem a expectativa de que os próximos
governantes cumpram com os compromissos aqui expressos que, sem dúvida, explicitam a vontade de seus cidadãos.
Ao ser instituído por lei municipal, este PDME terá as
melhores chances políticas de uma boa execução. Chances essas que serão
ampliadas e melhor asseguradas pela criação de uma comissão externa para o seu
permanente acompanhamento e avaliação.
Neste plano,
Janaúba estará fazendo o diagnóstico e traçando
objetivos e metas referentes aos seguintes tópicos:
1) Educação Infantil;
2) Ensino Fundamental;
3) Ensino Médio e Formação Profissional;
4) Educação Superior;
5) Educação de Jovens e Adultos;
6) Educação Especial;
7) Formação e Valorização do Magistério
da Educação Básica; 8) Financiamento e Gestão.
Pressupostos do Plano Decenal Municipal de Educação
Pressupostos Político-Institucionais
Os marcos político-institucionais responsáveis pela criação
do Plano Decenal Municipal de Educação – PDME são:
• A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. –
CF/88 estabelece no seu Art. 214 “Fixação,
por lei, de um Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando a
articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à
integração das ações do poder público".
• A LEI DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
NACIONAL – LDB/96 – estabelece no seu Art. 9º: “A União incumbir-se-á de
elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios”. Art 10 “Os Estados incumbir-se-ão de (...)
elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as
diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas
ações e as dos Municípios”.
• A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL MG/89 no seu
Art 204 estabelece: “O plano estadual de
educação, de duração plurianual, visará à articulação e ao desenvolvimento do
ensino em seus diversos níveis, à integração das ações do
Poder Público e à
adaptação ao plano nacional”
•
A LEI
ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE JANAÚBA Nº /
90 que no seu Art. 77 prescreve: “
compete privativamente ao Prefeito: (...) X- Enviar à Câmara a proposta de
Plano Plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas
de orçamento” e no Título V – Da Sociedade, Capítulo I – Da Ordem Social, Seção
III – Da Educação elenca os princípios a serem observados na educação
municipal.
•
A LEI
FEDERAL 10.172/01 QUE INSTITUI O PNE fez um diagnóstico, dispôs sobre
diretrizes, objetivos e metas sobre os seguintes temas:
•
gestão
e o financiamento da educação;
•
níveis
e modalidades de ensino;
•
formação
e valorização do magistério e demais profissionais da educação.
Na sua última seção, o PNE dispõe: "Será preciso, de imediato, iniciar a
elaboração dos planos estaduais em consonância com este Plano Nacional e, em
seguida, dos planos municipais, também coerentes com o plano do respectivo
Estado. Os três documentos deverão compor um conjunto integrado e articulado.
Integrado quanto aos objetivos, prioridades,diretrizes e metas aqui
estabelecidas. E articulado nas ações”
·
COMPROMISSOS
INTERNACIONAIS. Além dos instrumentos legais nacionais, ainda constituem
pressupostos político-institucionais do PDME, os compromissos internacionais
firmados pelo Brasil mais diretamente relacionados à educação, que são os
seguintes:
a) Conferência Mundial de Educação para
Todos, realizada em Jontiem na Tailândia em 1990;
b) Declaração de Cochabamba, dos
ministros da educação da América Latina e Caribe, sobre Educação para todos
(2000);
c) Conferência de Dacar sobre Educação
para Todos, promovida pela Unesco, em maio de 2000.
·
Finalmente,
constitui marco político-institucional do Município de Janaúba a Lei nº 1.633
de 07 de junho de 2005, que institui o
Fórum Municipal de Educação, responsável pela elaboração do Plano Decenal do
Município, o que demonstra o avanço da postura democrática do município, em
relação à construção das suas políticas públicas.
Pressupostos Conceituais
Educar é tarefa que pressupõe concepções estruturadas e
explícitas de homem, mundo, sociedade escolar, relação professor-aluno, método,
teoria pedagógica, didática e avaliação.
Neste PDME, o que se busca é deixar claro, embora em síntese,
concepções que estarão sedimentando comportamentos político-administrativos e
político-pedagógicos na construção da política educacional do Município de
Janaúba.
Através do
nosso PMDE enfrentaremos os desafios necessários para a construção democrática
em que a nossa grande luta se dará em torno da meta de universalização da
cidadania, uma vez que, nos últimos quatro anos, o ensino básico foi
praticamente universalizado em Janaúba. O nosso desafio será o de manter o
aluno na escola com prazer, com inquietude crítica, com sonho e com utopia,
acreditando que é possível superar essa violência imposta pela vida social.
Temos que investir em melhores condições de trabalho que garantam ao educador o
ato de educar, para que consiga estabelecer uma relação pedagógica de
compromisso com todas as crianças e adolescentes indistintamente, respeitando a
diversidade cultural, o ritmo do aprendizado dos alunos e as condições
especiais. As unidades escolares precisarão ajustar os seus projetos
político-pedagógicos numa parceria comunidade/escola e família.
A câmara da EJA – Educação de Jovens e Adultos, - sob a responsabilidade das pedagogas Edite Marcos Serafim e Mires Dalva Dias Soares, resume um dos desejos do Fórum Municipal de Educação: “ Sonhamos cada vez mais com uma política de escolarização voltada para a construção da cidadania, em que desejamos formar cidadãos críticos, capazes de refletir sobre a realidade, de descobrir-se como pessoa e reconhecer-se como agentes de transformação da sociedade. Fomos suscintos e objetivos, pois acreditamos que a educação, além de escolarizar, elucida o direito de dialogar, pensar e imaginar – buscando ações através da cultura, da cidadania e da expressão libertadora do ver, ouvir, julgar e agir.”
Pressupostos Metodológicos
O que se
desenvolveu até aqui, embora tratado resumidamente, aponta para a vontade
política da atual administração, com
vistas a um planejamento democrático
dessa função de governo.
Sem se restringir a uma atitude técnico-burocrática, o Plano
Municipal de Educação de Janaúba, para o período 2006-2015, construído numa
perspectiva democrática de planejamento compreendeu a instituição do Fórum
Municipal de Educação, instância para
debater propostas, produzir subsídios e definir as metas para elaboração
do Plano Municipal Decenal de Educação. Foi constituído pelo Núcleo temático,
pela Secretaria Executiva responsável pelo acompanhamento do processo de
construção do plano e representantes de diferentes segmentos responsáveis por
aprovar todas as decisões do Fórum, em versão preliminar, legitimando-a em
primeira instância. O Núcleo Temático foi composto por dois especialistas para
cada um dos aspectos temáticos a serem trabalhados pelo Plano e dividido nas
Câmaras de Educação Infantil, de Ensino
Fundamental, de Ensino Médio e Formação Profissional, de Educação Especial, de
Educação de Jovens e Adultos, Câmara de Ensino Superior, Câmara de Gestão e
Financiamento.
Os trabalhos de elaboração do PMDE foram iniciados com a I
Conferência Municipal de Educação, envolvendo 600 educadores, onde houve uma
palestra de sensibilização e a posse dos membros do Fórum Municipal de
Educação. Todos os educadores foram convidados a se envolverem na elaboração
desse planejamento, participando efetivamente das reuniões que seriam
realizadas pelos representantes das Câmaras.
As Câmaras
se reuniram com educadores das diversas escolas de todas as esferas
administrativas, de onde foi possível reconstruir a história da educação do
município, pensar nos problemas atuais e propor alternativas para minimizar os
problemas existentes garantindo a melhoria do ensino. Os dados coletados pelas
Câmaras foram consolidados na redação preliminar do PMDE e apresentados para
aprovação em duas reuniões do Fórum Municipal de Educação. Todos os capítulos
propostos no PMDE foram exaustivamente discutidos pelos membros do Fórum, foram
feitas alterações, acrescentadas sugestões e aprovada a versão apresentada do
PMDE.
Dentro do processo democrático, o PMDE foi encaminhado às escolas para uma análise das propostas apresentadas e validação da versão preliminar pelos educadores. Após incorporação de algumas propostas, realizou-se a II Conferência Municipal de Educação para aprovação do Plano Municipal Decenal de Educação. O Prefeito Municipal, fazendo valer a participação popular, valida o PMDE e o encaminha para aprovação à Câmara de Vereadores.
Caracterização Sócio-Econômica e Demográfica do Município
Janaúba, nome de origem indígena, significa planta leitosa,
também conhecida como Algodão de Seda,
vegetal da família das apocináceas, dicotiledônia, monopétala, abundante na
região.
A história do município e de seu desenvolvimento está
intrinsecamente ligada a duas forças propulsoras que se fazem sempre presentes:
a privilegiada localização geográfica, o pioneirismo e a capacidade
empreendedora de seus habitantes ao longo de sucessivas gerações.
Os primeiros habitantes, um povo cafuzo ou caboré, mescla de
índios tapuias e de negros quilombolas,
fugindo do cativeiro, estabeleceram-se no Vale do Gorutuba, tornando-se
conhecidos como Gorutubanos.
Orgulha-se a cidade de filhos ilustres do passado como
Francisco Barbosa, que por volta de 1872, chegava à região com esposa e filhos,
fundando fazenda na terra de Caatinga Velha, levantando casa ao lado de
frondosa gameleira, que deu nome à
povoação.
Janaúba é uma das cidades do interior de Minas Gerais que
mais se desenvolveu nos últimos 10 anos. A cidade é pólo da microrregião da
Serra Geral, que se estende até o Sul da Bahia. O município exerce influência
econômica sobre 15 cidades que, somadas, têm uma população estimada em 300 mil
habitantes.
A
agropecuária, com destaque para a pecuária de corte e fruticultura, é a atividade
econômica predominante, mas nos últimos anos a indústria tem apresentado um
elevado índice de crescimento. A qualidade de vida é um outro atrativo que faz
de Janaúba uma cidade agradável, acolhedora e bonita.
A arte e a cultura fazem parte do cotidiano da população
regional através das mais variadas manifestações. As festas tradicionais
religiosas se fundem com os movimentos folclóricos herdados das influências dos
quilombos, da colonização portuguesa e dos indígenas, que foram os primeiros
habitantes das margens do Rio Gorutuba. O artesanato é uma das mais fortes
manifestações artísticas. Nesta atividade se destacam a cerâmica, que tem como
matéria prima o barro abundante nas margens do rio, e o bordado, que tem suas
peças vendidas para várias partes do país, Japão e França.
O Distrito foi criado em 31 de dezembro de 1943, pela Lei n.º
1.058, com o nome de Gameleira, e o Município, em 27 de dezembro de 1948, pela
Lei n.º 336, tendo recebido o nome atual, sendo instalado em 01 de Janeiro de
1949, com território desmembrado do município de Francisco Sá. O seu adjetivo
Pátrio: Janaubense.
Nos quadros territoriais fixados pelos decretos leis, o
Município de Janaúba constitui o Termo de Entrância Intermediária de Comarca
formada pelos municípios de Janaúba e Verdelândia e os distritos de Barreiro da
Raiz, Quem-Quem e Vila Nova dos Poções.
O Poder Judiciário em Janaúba tem sua sede no Fórum Ministro
Bias Fortes. É composto por 02 varas civeis, 01 juizado especial, 03 Juízes, 02
promotores, 05 cartórios e a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, com 67
advogados inscritos.
Janaúba está fixada no Norte de Minas Gerais e, como todo o
Norte de Minas, é, por exclusividade, uma região de transição. É uma transição
entre o Brasil dos rios incessantes e o Brasil dos rios intermitentes, entre o
Brasil industrial e o Brasil agrícola, entre o Brasil comercial e o Brasil de
subsistência, entre o Brasil rico e o Brasil pobre. Como toda região de
mudança, ela é plena de debilidade e, por isso, carente de cuidados.
A região Norte Mineira
expõe em sua trajetória histórica, uma
forte ligação com o Nordeste: sua ocupação, seu povoamento, as ligações
inter-regionais, tudo isso direciona
para uma continuidade entre ambos. A ilustrar esta caminhada histórica
está o fenômeno das secas, que periodicamente lança o povo do Norte de Minas,
assim como seus irmãos Nordestinos, numa batalha pela sobrevivência. A
economia, por sua vez, embora tenha incorporado os benefícios trazidos pela
construção da Represa do Bico da Pedra, pelo Governo Federal, ainda se ressente
da ausência de capitais, níveis satisfatórios de renda, entre outros.
Janaúba está inserida na
Mesoregião do Norte de Minas, na área mineira do Semi-árido brasileiro e na microrregião da
Serra Geral de Minas, da qual é a cidade
pólo.
Suas coordenadas geográficas são: Latitude:15º47`50`` lat.
Sul e Longitude: 43º18`31`` long.
W. Altitude: A Sede Municipal está situada a uma altitude
de 516 metros.
Dista 132 Km
de Montes Claros e 547 Km de Belo Horizonte.
Localização:
Mesorregião:
Norte de Minas
Microrregião: Janaúba
Superintendência Regional de Ensino: Janaúba
Região de planejamento: Norte de Minas
Pólo Regional de Ensino (Sede): Norte (Montes Claros )
Área: 2196,5 Km2
Ano de Instalação: 1948
População total (2004): 65.837
Taxa de urbanização (2000): 87,4%
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Educação (2000): 0,716
Valor das receitas
correntes (2003) (R$
dez/2004): 12.945.343,66
Participação dos gastos em educação nas receitas correntes (2003): 26,05%
Habilitação para o critério Educação na distribuição
do ICMS (Lei Robin Hood) em
2005: Sim
ÁREA E LIMITES MUNICIPAIS:
Área do
Município : 2.151,71 km2 Perímetro Urbano :
39,54 km2
Área
urbanizada : 20,00 km2
Limites: ao
sul com Francisco Sá, a sudeste com Riacho dos Machados, a leste e nordeste com
Porteirinha e Nova Porteirinha, ao norte com Jaíba, a noroeste com Verdelândia
e a oeste com Capitão Enéas e São João da Ponte.
Distritos:
04 distritos: Sede, Barreiro da Raiz, Quem-Quem e Vila Nova dos Poções.
Povoados: 08 povoados: Pedra Preta, Baixa da
Colônia, Algodões II, Monte Alto e Lagoa Grande, no distrito Sede; Barroquinha,
no distrito de Barreiro da Raiz; Maromba, no distrito de Quem-Quem e
Assentamento da Fazenda Mandaçaia, no Distrito de Vila Nova dos Poções.
Ø População do Município: 61.647 habitantes
(censo realizado em 2000)
Ø População Urbana: 53.808 habitantes
Ø População da cidade: 49.826
habitantes
Ø População Rural: 7.753 habitantes
Ø Densidade demográfica: 28,62 hab/Km2
Ø População masculina: 30.597 hab.
Ø População feminina: 31.050 hab.
DISTRITO / MUNICIPIO |
POPULAÇÃO URBANA |
POPULAÇÃO RURAL |
POP TOTAL |
||||
|
HOMEM |
MULHER |
TOTAL |
HOMEM |
MULHER |
TOTAL |
|
JANAÚBA |
24.460 |
25.366 |
49.826 |
2.115 |
1.908 |
4.023 |
53.849 |
BARREIRO DA RAIZ |
273 |
263 |
536 |
1.073 |
961 |
2.034 |
2.570 |
QUEM-QUEM |
848 |
882 |
1.730 |
205 |
194 |
399 |
2.129 |
VILA NOVA POÇÕES |
935 |
855 |
1.790 |
688 |
621 |
1.309 |
3.099 |
TOTALIZAÇÃO |
26.516 |
27.366 |
53.882 |
4.081 |
3.684 |
7.765 |
61.647 |
Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) censo 2000
POPULAÇÃO POR IDADE - CENSO 2000 |
||||||||||
|
||||||||||
FAIXA ETÁRIA |
||||||||||
00 a 01 |
01 a 02 |
02 a 03 |
03 a 04 |
04 a 05 |
05 a 09 |
10 a 14 |
15 a 19 |
20 a 24 |
25 a 29 |
30 a 34 |
NÚMER O DE H ABITANT ES |
||||||||||
1.537 |
1.396 |
1.612 |
1.600 |
1.620 |
8.628 |
8.052 |
6.547 |
5.613 |
4.637 |
3.969 |
|
||||||||||
F AIXA ET ÁRIA |
||||||||||
35 á 39 |
40 a 44 |
45 a 49 |
50 a 54 |
55 a 59 |
60 a 64 |
65 a 69 |
70 a 74 |
75 a 79 |
+ de 80 |
Total |
NÚMER O DE H ABITANT ES |
||||||||||
3.412 |
4.762 |
2.152 |
1.674 |
1.259 |
1.041 |
826 |
593 |
378 |
339 |
61.647 |
Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) censo 2000
População Residente (1970-1980-1991-2000)
ANOS |
URBANA |
RURAL |
TOTAL |
1970 |
10.018 |
21.569 |
31.587 |
1980 |
29.863 |
13.165 |
43.028 |
1991 |
44.316 |
8.788 |
53.104 |
2000(1) |
53.626 |
7.753 |
61.379 |
Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1)2000: Dados preliminares
População Ocupada por Setores Econômicos (1991)
SETORES |
No. DE PESSOAS |
Agropecuário |
7.117 |
Industrial (1) |
3.157 |
Comércio de Mercadorias |
2.068 |
Transporte, Comunicação e Armazenagem |
660 |
Outros Serviços (2) |
6.068 |
TOTAL |
19.070 |
Fonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estatísticas e Informações - CEI
(1) Inclui indústria de transformação, mineração, construção e serviços industriais de utilidade pública
(2) Inclui prestação de serviços, atividades sociais, administração pública e outras atividades
GEOLOGIA
Sua formação geológica data do período pré-cambriano nas
altitudes mais elevadas, que são extensos chapadões, formados por rochas da
associação gnásico-migmatítica com predominância de quartzos, gnaisses,
arenitos, feldspatos e denominados localmente de serras. Seus recursos minerais
permanecem inexplorados.
As terras mais planas são formadas por rochas do Grupo
macaúbas, de formação superficial com predominância de filitos, calcário,
argila, arenitos, de cor avermelhada e alaranjada, de natureza sedimentar e
metamórfica, na Superfície Dissecada da Bacia do Gorutuba.
As várzeas e leitos de rios e córregos são formados por
depósitos aluviais de natureza sedimentar arenosa, areno-argilosa,
areno-silto-argilosa e paraconglomerados
sílticos e argilíticos, com matacões, seixos e grânulos, dispostos segundo o
plano de clivagem, abundantes na calha do Rio Gorutuba, nas área de inundações
perenes ou temporárias.
RELEVO
O relevo faz parte da Depressão Sanfranciscana. É dominado por
superfícies planas em 70 %, com média de 520m de altitude, superfícies
onduladas em 22% e montanhoso em 8 %, que descambam na direção do Rio São
Francisco.
Serras: As serras mais importantes são:
Serra do Taquaril, situada no Distrito Sede; Serra da Boa Vista, Morro do
Chapéu, Serra do Brejo Luís e Serra do
Barreirinho, no Distrito de Barreiro da Raiz.
Altitude máxima: 949 metros, no Morro Agudo, Serra do
Brejo Luís, no Distrito de Barreiro da Raiz, região sul do município.
Altitude mínima: 482
metros, no Rio Gorutuba, localidade de Jacaré Grande, Distrito de Vila
Nova dos Poções, região norte do município.
Solo: Constituído por latossolos de
natureza arenosa, argilosa, laterítica e síltica, de origem sedimentar do
período terciário e quaternário e do tipo aluvião. É muito fértil, sendo
apropriado para culturas irrigadas.
Recursos Minerais: Apresentam em grande quantidade,
destacando-se:
Água: Apesar do baixo índice
pluviométrico, graças à barragem Bico da Pedra, é utilizada para o
abastecimento d’água, consumo animal, lazer, irrigação e piscicultura, sendo o
Projeto Gorutuba o 3º maior Projeto de Irrigação do Brasil.
Areia: Representa o maior recurso natural
do município, sendo amplamente utilizada na construção civil. Janaúba é maior
exportador de areia do Norte de Minas.
Argila: Abundante na cidade. É explorada na
fabricação de tijolos, telhas, pelas cerâmicas e olarias e na fabricação de
peças de artesanato local.
Calcário: é explorado na produção de brita e
pedras, utilizadas na construção civil.
CLIMA
O clima é tropical mesotérmico, quase megatérmico, em função
da altitude, apresenta sub-úmido e semi-árido com chuvas irregulares,
ocasionando longos períodos de seca, advindo por conseqüência, os bolsões de
miséria e agravo dos problemas sociais já existentes.
Índice Pluviométrico médio anual: 1.074,9 mm, com regime sazonal muito
concentrado e chuvas mal distribuídas, sendo
85% nos meses de novembro a março, enquanto de maio a agosto chove
apenas 2%. Durante este período que pode abranger os meses de setembro e
outubro, a deficiência nos solos é muito profunda e as águas dos rios descem a
níveis críticos.
Temperatura média
anual: 23º C sem
muita variação sazonal. Varia entre 16º C no inverno e 30º C no verão. No
inverno, sob a ação de massas de ar polar, os termômetros atingem 6º C, porém
em curto espaço de tempo, com ventos frios e secos que alcançam altas
velocidades.
Temperatura máxima: Varia de 33º C a 40º C. No verão,
alcançam temperaturas bastante elevadas, principalmente nos meses de dezembro a
fevereiro. O clima apresenta-se quente e seco.
Insolação média anual: 3.500 horas, com altas incidências
de insolação.
Ventos predominantes: Leste, com velocidade média de 1,9
m/s. No inverno, apresenta-se frio e seco e no verão quente e úmido.
HIDROGRAFIA
O município faz parte da sub-bacia do Rio Verde Grande,
integrante da Bacia Hidrográfica do São Francisco. É banhado pelos rios
Gorutuba, Verde Grande e Quem-Quem, além de diversos córregos e lagoas.
Respondem pela existência de uma pobre drenagem superficial.
Rio Gorutuba: Nasce no
município de Francisco Sá e percorre o município de Janaúba, banhando a cidade
no sentido sul-norte. Faz divisa com os municípios de Riacho dos Machados,
Porteirinha e Nova Porteirinha a leste. É o principal rio do munícipio, de onde
gira toda a vida histórica, econômica e social do município. Foi represado para
construção da Barragem Bico da Pedra, localizada a 6 km da Sede, com volume de
750.000.000 m3 de água que serve para exploração e irrigação de áreas do Projeto
Gorutuba com aproximadamente 5.500 hectares, abastecimento de água para a
cidade, lazer, irrigação e para
lavadeiras, que o utilizam como fonte de sustento.
Rio Quem-Quem: Nasce no Município de Francisco Sá,
banha o Distrito de Quem-Quem e faz divisa com o Município de Capitão Enéas, a
oeste, indo desaguar no Rio Verde Grande. É utilizado na pesca e irrigação por
agricultores locais. Ultimamente seca na estiagem, devido ao baixo volume
d’água.
Rio Verde Grande: Nasce no Município de Bocaiúva e
percorre diversos municípios norte- mineiros. Faz divisa com o município de São
João da Ponte, após receber o afluente Quem-Quem. Suas águas são bastantes
utilizadas em irrigações particulares e na pesca. Atualmente está passando por
um processo de assoreamento e diminuição do nível e volume d’água, devido ao
desmatamento de suas margens e à irrigação desenfreada.
Lagoas: As principais são: Lagoa Dente
Grande, Dente Pequeno, Palmatória e Algodões, na zona urbana, e Lagoa Grande, Poções, Tapuia e Angicos, no
Distrito de Vila Nova dos Poções.
VEGETAÇÃO
A cobertura vegetal primitiva predominante é do tipo floresta
decídua sub-xerófila não espinhosa ou mata seca, com forte influência da
caatinga e do cerrado, vegetação típica de afloramentos calcários e não difere
muito de sua verdadeira caatinga na época de estiagem, cobrindo 80% do
território municipal, em regiões de terreno sedimentar.
A Vegetação de cerrado,
formada por árvores retorcidas e campos limpos,
cobre 20% do território municipal. Está localizada no sul do município,
no distrito de Barreiro da Raiz, em regiões de altitudes mais elevadas e
terrenos cristalinos.
ATIVIDADES ECONÔMICAS
As atividades agropecuárias, com destaque para a pecuária de
corte e a fruticultura irrigada, especialmente a bananicultura, constituem a
principal fonte de renda e ocupação de mão-de-obra, influenciando o comércio e
prestação de serviços. O setor industrial é dominado por pequenas empresas. As
maiores são as cerâmicas, beneficiamento de sementes e resfriamento de leite,
com baixo índice de oferta de emprego. A
cidade é sede de numerosos órgãos federais e estaduais que atendem à região.
É um Município favorecido por desenvolvimentos agrícolas,
sendo pólo migratório de municípios vizinhos e outras regiões, tendo como
conseqüência o aumento da população flutuante e crescimento demográfico acima
da média regional e estadual.
A maioria dos homens exerce as seguintes atividades:
agricultores, trabalhadores
braçais, pedreiros, carpinteiros,
eletricistas, comerciantes, comerciários, funcionários públicos, etc.
As mulheres são donas de casa, professoras, empregadas
domésticas, comerciárias, funcionárias públicas ou exercem trabalhos manuais e
fazem serviços de beleza.
A renda
familiar varia entre 01 a 05 salários mínimos, na zona urbana, e de 01 a 02
salários na zona rural.
Nota-se que, devido às
peculiaridades regulares do município no que se refere à regularidade de
chuvas, há um deslocamento de pessoas de áreas rurais para áreas urbanas,
acarretando o aumento de problemas na área social, com reflexos na necessidade
de maior oferta de serviços públicos e
de infra-estrutura, especialmente na periferia.
AGRICULTURA
O município demonstra suas potencialidades em vários aspectos
da economia. Hoje é simplesmente impossível entrelaçar alguma explicação sobre
agricultura irrigada sem levar em consideração o nome do município de Janaúba.
As atividades econômicas preponderantes no
município estão diretamente vinculadas ao setor primário. A agricultura
irrigada é bastante significativa, com 5.500 hectares irrigados no “Projeto
Gorutuba”, com água captada da barragem “Bico da Pedra”, produz principalmente
frutas e grãos, sendo que as frutas aqui produzidas têm grande aceitação no
Mercado Nacional e já abrem as portas para o mercado externo. Possuindo como
carro-chefe a bananicultura, a agricultura irrigada de Janaúba se diversifica e
mostra que o clima favorável, as terras férteis, a boa localização geográfica e
os empreendimentos privados criam condições para o cultivo das mais variadas
frutas tropicais.
As principais atividades da agricultura são: cultura de
algodão, milho, feijão, sorgo, mandioca, mamona, tomate, horticultura e
fruticultura, especialmente a bananicultura.
A população rural é de 11.821 habitantes com mão de obra ocupada de 3.838 (35%). A área cultivada é 59.975 ha, sendo
54.826 ha de pastagens, 2.817 ha de
banana e 2.332 ha de outras culturas.
Principais Produtos Agrícolas (1999)
Produto |
Área colhida (ha) |
Produção (t) |
Rendimento médio ( kg/ha ) |
Alho |
1 |
3 |
3.000,00 |
Amendoim (em casca) |
1 |
1 |
1.000,00 |
Arroz em casca irrigado |
1 |
2 |
2.000,00 |
Banana (2) |
1.540 |
1.740 |
1.200,00 |
Cana-de-açúcar |
10 |
180 |
18.000,00 |
Feijão (1a.safra) |
500 |
180 |
360,00 |
Fumo (em folhas) |
2 |
2 |
1.000,00 |
Laranja |
10 |
200 |
20.000,00 |
Mandioca |
21 |
315 |
15.000,00 |
Milho |
2.00 |
2.100 |
1.050,00 |
Tomate (de mesa) |
2 |
60 |
30.000,00 |
Cebola |
2 |
16 |
8.000,00 |
Fonte:Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
(1)Produção em mil frutos e rendimento em frutos/ha
(2)Produção em mil cachos e rendimento em cachos/ha
|
|
|
PROPIEDADES RURAIS : (Em Hectares) |
|
|||||||||||
|
|
|
|
|
|||||||||||
Até 01 |
01a 02 |
02 a 05 |
|
05 à 10 |
10 a 20 |
20 a 50 |
50-100 |
100-200 |
200-500 |
50 0-1 00 0 |
+ 1.000 |
||||
|
|
|
NÚMER O DE P ROPRIEDADES: 1.058 |
|
|||||||||||
08 |
40 |
215 |
139 |
1580 |
148 |
91 |
88 |
89 |
49 |
|
33 |
||||
PECUÁRIA
A economia do Município é voltada para a pecuária de corte e leiteira, com bons
plantéis de gado bovino, possuindo um dos
maiores rebanhos de gado bovino de Minas Gerais.
Pecuária - Principais Efetivos (1997)
ESPECIFICAÇÃO |
No. DE CABEÇAS |
ASININOS |
95 |
BOVINOS |
117.540 |
BUBALINOS |
350 |
CAPRINOS |
880 |
EQUINOS |
3.450 |
GALINÁCEOS |
47.500 |
MUARES |
450 |
OVINOS |
490 |
SUINOS |
4.200 |
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
INDÚSTRIA
As
principais atividades industriais são:
•
Indústria
madereira: madeira, caibros, ripas, esquadrias, portas, janelas.
•
Indústria
moveleira: marcenarias.
•
Indústria
de perfumaria, sabões e velas .
•
Indústria
de produtos alimentares: Hero Industrial, Nestlé, torrefação de café,
laticínios, padarias e confeitarias.
•
Indústria
metalúrgica: Fábrica de pregos,
serralherias.
•
Indústria
química: produtos de limpeza.
•
Indústria
têxtil: confecções de roupas e moda íntima.
•
Indústria
de ração animal.
• Indústria de Transformação de minerais não-metálicos: Cerâmicas, pedreira, laje pré-moldada, postes e manilhas, marmoraria, gesso.
Nº de
estabelecimentos: 112
Mão-de-obra ocupada: 2.725 (13,13%)
Indústrias |
Produtos |
Produção |
Empregos |
Agro-industrial Janaúba Ltda. |
Polpa de tomate Extrato de tomate |
6.000 ton/ano |
150 diretos 600 indiretos |
Cerâmica Gorutuba |
Tijolos furados Telhas plan |
1.200.000 1.200.000 |
150 diretos 300 indiretos |
Cerâmica Janaúba |
Tijolos furados Telhas plan |
400.000 |
25 diretos 40 indiretos |
Cerâmica Norte – Sul Ltda. |
Tijolos e telhas |
450.000 |
30 diretos 50 indiretos |
Frigorífico Kaiowa |
Abate de bovinos |
Desativado |
05 diretos |
Rimo Industrial |
Beneficiam. algodão |
Desativado |
03 diretos |
Metalúrgica Janaúba Ind. Com. |
Pregos e Grampos p/ cerca |
60 ton. |
07 diretos 03 indiretos |
Raça Norte Ind. Comércio Ltda. |
Ração |
800 ton./ano |
03 diretos 04 indiretos |
Zéneca do Brasil Ltda. |
Beneficiamento de sementes |
|
|
Sesymar Imp. Exp. Ltda. |
Beneficiamento de sementes |
|
07 diretos 30 indiretos |
Café Janaúba |
Torrefação de café |
|
07 diretos |
Café Gorutuba |
Torrefação de café |
|
05 diretos |
Pedreira Aliança |
Brita e pedra mão |
|
10 diretos |
Indagro Sabão |
Fabricação sabão |
|
04 diretos |
Prélaje |
Lajes pré-moldadas |
|
08 diretos |
Prejal |
Manilhas e postes |
|
10 diretos |
Gessos Janaúba |
|
|
|
COMÉRCIO
A cidade
conta com os mais variados ramos de atividades comerciais, com forte incidência
do varejo, que atende a toda região.
Nº de
estabelecimentos: 893
Mão-de-obra ocupada: 2.960
(14,48 %) As atividades comerciais são:
•
Comércio
atacadista
•
Comércio
varejista
SERVIÇOS
Serviços e transportes:
Mão-de-obra ocupada: 7.602 (37,19 %)
- Serviços de transportes: Empresas de ônibus, transportadoras, táxi.
VIAS DE ACESSO
Rodoviário
O município é servido
pela rodovia federal BR 122, rodovia estadual MG 401, ambas asfaltadas, e por
numerosas rodovias municipais que cortam o município em todas as direções. A
sede do município é cortada pela Rodovia Federal BR 122, que faz a ligação a
Montes Claros, a Belo Horizonte e a outros centros no sentido sul e a Espinosa,
fazendo a ligação com o sudoeste da Bahia e o Nordeste, no sentido norte; e
pela Rodovia Estadual MG 401, que faz a ligação com Manga e à BR 135, e diversas rodovias
municipais numa extensão de 670 km.
A cidade possui uma rodoviária simples, que é ponto de parada
de ônibus que fazem ligação do Sul, Norte e Nordeste do País, encontrando-se
próxima ao entroncamento rodoviário da BR-251 que liga esta região aos demais
estados do Brasil, com tráfego intenso de caminhões e com grande movimento
migratório. A cidade é servida por sete empresas de ônibus.
Ferroviário
É operado pela Ferrovia Centro Atlântica, que explora o
serviço de carga ferroviária, com
transporte regular de cargas, itinerário Belo Horizonte a Salvador.
Aéreo
O município possui um aeroporto asfaltado e terminal de
passageiros, com pista de 1.500 metros que é utilizado por empresas
particulares. O mesmo não dispõe de linhas regulares. O aeroporto municipal de
Janaúba é utilizado por empresas de taxi-aéreo, aviões agrícolas, particulares
e do governo estadual e federal.
Distância da sede do município com outras cidades
CIDADE |
ESTADO |
DISTÂNCIA |
Belo Horizonte |
MG |
547 Km |
Brasília |
DF |
844 Km |
Capitão Enéas |
MG |
76 Km |
Espinosa |
MG |
141 Km |
Francisco Sá |
MG |
110 Km |
São João da Ponte |
MG |
113 Km |
Jaíba |
MG |
70 Km |
Manga |
MG |
142 Km |
Mato Verde |
MG |
80 Km |
Monte Azul |
MG |
110 Km |
Montes Claros |
MG |
132 Km |
Porteirinha |
MG |
35 Km |
Riacho dos Machados |
MG |
68 Km |
São João da Ponte |
MG |
113 Km |
Rio de Janeiro |
RJ |
1.105 Km |
São Paulo |
SP |
1.250 Km |
Vitória |
ES |
1.210 Km |
Verdelândia |
MG |
40 Km |
OBS: Janaúba e Nova Porteirinha são vizinhas, separadas apenas pelo rio Gorutuba.
ENERGIA ELÉTRICA
O serviço de eletrificação é explorado pela CEMIG (Cia
Energética do Estado de Minas Gerais), beneficiando todo o município, com
17.070 unidades atendidas.
Consumo de Energia - Unidades atendidas (1995-2000)
CLASSE |
1995 |
1996 |
1997 |
1998 |
1999 |
2001 |
Industrial |
|
|
|
|
|
|
consumo (KWh) nº.Consumidores |
3.259.766 128 |
3.064.741 133 |
3.378.241 134 |
3.663.320 137 |
4.156.910 144 |
155 |
Comercial |
|
|
|
|
|
|
consumo (KWh) nº.consumidores |
4.874.193 1.406 |
5.519.945 1.470 |
6.001.990 1.504 |
6.710.886 1.523 |
6.995.604 1.547 |
1.700 |
Residencial |
|
|
|
|
|
|
consumo (KWh) nº.consumidores |
12.000.389 10.368 |
13.487.029 10.763 |
14.771.067 11.129 |
16.314.344 11.821 |
16.580.937 12.392 |
12.930 |
Rural |
|
|
|
|
|
|
consumo (KWh) nº.consumidores |
12.039.571 898 |
18.721.966 1.281 |
19.014.216 1.425 |
26.382.190 1.803 |
28.549.996 1.928 |
2.105 |
Outros |
|
|
|
|
|
|
consumo (KWh) nº.consumidores |
3.095.164 174 |
3.229.917 187 |
3.394.434 159 |
3.151.908 176 |
3.588.067 186 |
175 |
Total |
|
|
|
|
|
|
Consumo (KWh) Nº.consumidores |
35.269.083 12.974 |
44.023.598 13.834 |
46.559.948 14.351 |
56.222.648 15.460 |
59.871.514 16.197 |
17.065 |
Fonte: Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG
SANEAMENTO BÁSICO
Rede de Água
O serviço de abastecimento de água é realizado pela COPASA,
com captação na Barragem do Bico da Pedra, sendo feita com tratamento
convencional, na Estação de tratamento com vazão de 150 l/s. Possui um
reservatório com capacidade de 750.000 m3 e distribui a água tratada e
fluoretada, atendendo a 90% dos domicílios na sede do Município. Nos distritos
de Quem-Quem, Vila Nova dos Poções e povoados, o serviço de abastecimento é
feito pela Prefeitura através de poços artesianos e captação direta nos rios,
no distrito de Barreiro da Raiz.
DISTRIBUIÇÃO DA REDE DE ÁGUA
Unidades residenciais |
12.880 |
Unidades comerciais |
1.460 |
Unidades industriais |
148 |
Poder Público |
192 |
Total |
14.680 |
Rede de Esgoto Sanitário
Não existe rede de esgoto na cidade e a fossa seca é a
alternativa predominante. O projeto da rede de esgoto está elaborado e em
execução.
Coleta de Lixo
É feita diariamente
pelos serviços municipais, sendo jogados a céu aberto no perímetro urbano da
cidade, com coleta diária aproximada em 40 toneladas. Existe a proposta de
construção do aterro sanitário e usina de reciclagem.
COMUNICAÇÕES
Telecomunicações
O serviço de
telefonia fixa é explorado pela Telemar, com aproximadamente 7.220 linhas,
sendo 5.420 residenciais, 1.485 comerciais e 317 públicos.
O serviço de telefonia celular é explorado pelas empresas
Telemig Celular e Maxitel. É servido por provedor de internet.
Correios
Explorado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, conta com 01 agência
própria, que é sede regional, e 01
franqueada, 03 postos dos correios nos distritos, sendo 01 posto no distrito de
Barreiro da Raiz, 01 posto no distrito de Quem-Quem e 01 posto no distrito de
Vila Nova dos Poções.
Jornais
Conta com 03 jornais de
circulação semanal, o Jornal O Gorutuba, Jornal Serra Geral e Folha do
Norte. São vendidos e distribuídos na cidade os Jornais Estado de Minas e Hoje
em Dia.
Emissoras de rádio
A cidade possui 03 emissoras de rádio, sendo 01AM (Rádio Sociedade
Gorutubana) e 02 FMs (Rádio Torre Fm e Rádio Onda Norte Fm)
com cobertura regional. São captados sinais de dezenas de rádios do Estado de
Minas Gerais e do Brasil.
Canais de TV
São captados
na cidade 06 sinais de TV, através do sistema de retransmissão por micro ondas
e satélite. Os canais captados são:
Inter TV Grande Minas, afiliada à Rede Globo, TV Alterosa, afiliada a
SBT, Rede Bandeirantes, Rede Record e TV Canção Nova.
ÓRGÃOS PÚBLICOS FEDERAIS
Agência da
Receita Federal
IBGE -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INSS -
Instituto Nacional de Seguro Social – Previdência Social
FNS -
Fundação Nacional de Saúde
ECT -
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
CODEVASF -
Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco EMBRAPA – Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária.
ÓRGÃOS PÚBLICOS ESTADUAIS
22 ª
Delegacia Regional de Segurança Pública
71 ª
Companhia de Polícia Militar de Minas Gerais.
AF –
Escritório Regional de Administração Fazendária Estadual
SEDESE –
Secretaria de Estado Do Desenvolvimento Social e Esporte
IPSEMG –
Instituto de Previdência Social do Estado de Minas Gerais
IDENE –
Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste
CEMIG –
Companhia Energética do Estado de Minas Gerais
COPASA –
Companhia de Saneamento de Minas Gerais
EMATER –
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais
EPAMIG –
Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Minas Gerais
IEF -
Instituto Estadual de Florestas
IMA -
Instituto Mineiro de Agropecuária
UNIMONTES –
Universidade Estadual de Montes Claros ITER – Instituto de Terras do Estado de
Minas Gerais Comarca de 1ª e 2ª Entrância.
SRE –
Superintendência Regional de Ensino – Janaúba
Superintendência Regional da COPASA
ORGÃOS PÚBLICOS MUNICIPAIS
Prefeitura
Municipal de Janaúba
Câmara
Municipal de Janaúba
PROCON – Programa de Proteção ao Consumidor Posto do
Ministério do Trabalho.
Junta do
Serviço Militar.
Biblioteca
Pública Municipal.
Mercado Municipal CIAJAN. Terminal Rodoviário.
Cemitério
Municipal
Aeroporto Municipal
ENTIDADES DE CLASSE
122 ª Subseção da Ordem
dos Advogados do Brasil.
Sociedade São Vicente de
Paulo
Lions Clube de Janaúba
Rotary Clube de Janaúba
Rotary Clube de Janaúba
Sul
Loja Maçônica União do
Vale do Gorutuba
Loja Maçônica Deus, Paz e
Liberdade
Diocese de Janaúba
Pastoral da Criança
Pastoral da Saúde
Pastoral Carcerária
Pastoral da Família
Cárita Diocesana
Associação Evangélica Nova
Jerusalém
Associação Projeto Vida
PROASBE – Projeto
Assistencial Social do Bem Estar
– Associação de Alcoólicos
Anônimos
ALTES – Associação
Libertadora para o Trabalho
ACIJAN – Associação
Comercial e Industrial de Janaúba
Sindicato dos Funcionários
Públicos Municipais
Sindicatos dos
Comerciários
Sindicato Rural de Janaúba
Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Civil
Associação de Moradores de
Bairros
Associação dos Pequenos
Produtores Rurais
INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
AA - Banco do Brasil S/A
Bradesco S/A
Banco Itaú
S/A
BNB - Banco
do Nordeste S/A
CAIXA -
Caixa Econômica Federal
CREDIGERAIS
– Cooperativa de Crédito da Micro Região da Serra Geral. CREDIVAG – Cooperativa
de Crédito Rural do Vale do Gorutuba.
SAÚDE
Ø 01 Hospital de natureza privada e filantrópica
com um total de 61 leitos, com UTI neonatal
Ø 01 Hospital Regional em Construção com
previsão para 120 leitos. O Pronto-socorro já está em funcionamento e previsão
de 20 leitos a partir de setembro.
Ø 07 Centros de Saúde (zona urbana)
Ø 03 Postos de Saúde (zona rural)
Ø 01 Ambulatório de Unidade de Saúde (Hospitais)
Ø 05 Laboratórios de Análises Clínicas de
natureza privada e 01 público
Ø 08 Consultórios Odontológicos da rede pública
urbana
Ø 04 Consultórios Odontológicos da rede pública
rural
Ø 01 Unidade Móvel de
Saúde com consultório médico e odontológico
Ø 02 Clínicas com exames de ultra-sonografia e
endoscopia digestiva, ambos conveniados.
Ø 02 Clínicas com exames oftalmológicos ambas
conveniados.
Saúde |
Ano de referência |
Quantidade |
Unidades Básicas de saúde |
2004 |
10 |
Hospitais e Maternidades |
2004 |
02 |
Clínicas |
2004 |
10 |
Laboratórios |
2004 |
06 |
Farmácias |
2004 |
15 |
Numero de leitos |
2004 |
61 |
Numero de médicos |
2004 |
31 |
Número de enfermeiros |
2004 |
24 |
Auxiliar de enfermagem |
2004 |
83 |
Numero de dentistas |
2004 |
25 |
Agentes de saúde |
2004 |
151 |
Nascidos vivos |
2004 |
1.256 |
Taxa mortalidade infantil (1000 vivos) |
2004 |
14 ,6% |
Dados Educacionais
Histórico da Educação Escolar
A História
da Educação de Janaúba se confunde com a própria história do município. Por
ocasião da construção da estrada de ferro, veio para o lugarejo aqui existente
o Dr.
Maurício de Azevedo e sua esposa, que era normalista, a Profª
Guiomar Azevedo; o escrivão Sr. Cavalcanti e sua esposa, também professora,
Lilia Cavalcanti.
Janaúba passa a ser reconhecida como cidade em que o Dr.
Maurício de Azevedo foi eleito prefeito
e continua sua luta pelo desenvolvimento da cidade. A profª Lilia
Cavalcanti começa a exercer a profissão numa escola improvisada, que ficava
localizada na praça, que hoje se chama Praça Dr. Rockert, no prédio onde
atualmente funciona o supermercado Amigo. A escola não satisfazia as
necessidades da população. Nasce daí a necessidade de construir uma escola
maior. O então prefeito, Dr. Maurício de Azevedo e seus assessores, dão início
à construção do prédio, e só depois de pronto, leva ao Governador Miltom Campos
para criação da escola, tendo sido assim que surgiu a primeira escola estadual
de Janaúba, o Euclides da Cunha. Em reconhecimento ao trabalho realizado na
antiga Escola Reunida, a professora Dona Lílian Cavalcanti é nomeada diretora
da Grupo Escolar Euclides da Cunha. Mais tarde, quando é construída a
Biblioteca Municipal da cidade, recebe o nome Lílian Cavalcanti, em homenagem
àquela que muito colaborou com a educação em Janaúba.
Na mesma época, a professora Guiomar Azevedo, esposa do
prefeito, lecionava na Escola Dom Silvério localizada no povoado de Santo
Antônio, hoje bairro Santo Antônio, em uma casa cedida pelo Sr. José Manoel.
Ela ensinou as primeiras letras para Júlia Clara Serafim, que se torna
professora leiga e começou a ajudá-la na
alfabetização do povo. Posteriormente ela se torna normalista.
Com a derrubada das árvores para construção das casas e
formação da cidade, a educação municipal vai se estruturando. Surge então o
Jardim de Infância Josefina Azeredo, várias escolas rurais e várias professoras
oriundas das famílias que ao longo dos anos foi construindo a educação do
município.
Foi fundado,
em 1959, o Ginásio Municipal de Janaúba pelo prefeito Maurício Augusto de
Azevedo e
pelo Padre Cleto Altoé. Em 1965, O Governador Magalhães Pinto passa o
Ginásio para a esfera estadual com a denominação de Colégio
Normal Oficial de Janaúba, atualmente a E.E. Maurício Augusto de Azevedo, em
que temos o orgulho de registrar a atuação de grandes educadores e de vários
alunos que se destacam profissionalmente nos diversos setores da sociedade.
Ao longo da história vão sendo criadas as escolas municipais
e estaduais atendendo a demanda existente, de forma audaciosa, muitas vezes sem
apoio das esferas governamentais e sofrendo pela política de coronelismo do
passado.
A determinação dos educadores de Janaúba é que
faz a diferença e faz com que grandes sonhos sejam alcançados, como é o caso da
instalação da Superintendência Regional de Ensino que é um marco da educação
municipal e de toda uma região. A vontade política do Governo de Minas em
enxergar Janaúba como sendo parte das
Minas Gerais e não as “Gerais” que foram esquecidas na história, como diz
Dom José Mauro, Bispo da Diocese de Janaúba, fez com que o desenvolvimento
educacional alcançasse patamares iguais aos
presenciados na época da
instituição do município.
Estrutura
A Rede Pública e Particular de Ensino é subordinada ao
Sistema Estadual de Educação. A Secretaria Municipal de Educação conta com o
Conselho Municipal de Educação, como órgão colegiado que tem por finalidade
orientar, coordenar e assessorar a política municipal de Educação. O Conselho Municipal de Educação tem por
objetivo fundamental assegurar aos grupos representativos da comunidade o
direito de participar da definição das diretrizes da Educação do Município,
concorrendo para elevar a qualidade dos serviços educacionais.
Rede Escolar
A Rede Escolar do Município de Janaúba é formada por
instituições educacionais das esferas municipal, estadual e particular, cuja
maioria do atendimento à zona rural é feita por escolas municipais. A rede física das escolas precisa ser
melhorada, principalmente com relação às adequações necessárias para o
funcionamento da educação infantil. Vejamos os dados da rede escolar:
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, POR DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA SEGUNDO A ETAPA/MODALIDADE MINISTRADA, NO ANO DE 2004
Etapa |
Total |
Municipal |
Estadual |
Federal |
Privada |
Educação Infantil |
21 |
14 |
0 |
0 |
07 |
1ª a 4ª série do Fundamental |
47 |
30 |
12 |
0 |
05 |
5ª a 8ª série do Fundamental |
23 |
08 |
10 |
0 |
05 |
Ensino Médio |
08 |
0 |
05 |
0 |
03 |
Ensino Superior |
03 |
0 |
01 |
01 |
01 |
Total de Estabelecimentos |
102 |
52 |
28 |
01 |
21 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
PERCENTUAL DE ESCOLAS E DE ALUNOS, POR NÍVEL DE ENSINO E SEGUNDO ITEM DE INFRAESTRUTURA (2003)
ITEM DE ESTRUTURA |
ENSINO FUNDAMENTAL |
ENSINO MÉDIO |
||
% DE ESCOLAS 1 |
% DE ALUNOS 2 |
% DE ESCOLAS 1 |
% DE ALUNOS 2 |
|
Biblioteca |
58,82 |
88,84 |
100,00 |
100,00 |
Laboratório de Ciências |
3,92 |
3,38 |
50,00 |
9 , 26 |
Laboratório de Informática |
11,76 |
10,35 |
50,00 |
45 , 77 |
Quadra de esportes |
31,37 |
50,53 |
83,33 |
97 , 31 |
Televisão |
60,78 |
90,84 |
100,00 |
100,00 |
Televisão e vídeo cassete |
52,94 |
77,83 |
100,00 |
100,00 |
Computador |
23,53 |
33,61 |
83,33 |
97 , 31 |
Internet |
9,80 |
6,01 |
33,33 |
6 , 58 |
Energia Elétrica |
98,04 |
99,85 |
100,00 |
100,00 |
Abastecimento de água |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
100,00 |
Esgotamento sanitário |
98,04 |
99,85 |
100,00 |
100,00 |
Fonte: Secretaria de Estado da Educação – Censo Escolar
Notas:
1) percentual de escolas como o item, de linha-estrutura.
2) Percentual de alunos que estudam em escolas como o item de infra-estrutura.
Salas de Aula Existentes
NÚMERO DE SALAS DE AULA SEGUNDO DEPENDÊNCIAS
ADMINISTRATIVAS DE 1998 A 2003
Ano/Dependência Administrativa |
Estadual |
|
Municipal |
Particular |
|||
Urbana |
Rural |
|
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
|
1998 |
330 |
|
0 |
170 |
100 |
82 |
0 |
1999 |
337 |
|
0 |
154 |
85 |
86 |
0 |
2000 |
344 |
|
0 |
192 |
100 |
111 |
0 |
2001 |
342 |
|
0 |
200 |
107 |
123 |
0 |
2002 |
317 |
|
0 |
212 |
116 |
152 |
0 |
2003 |
341 |
|
0 |
241 |
109 |
149 |
0 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
Níveis de Ensino
Educação Infantil
Diagnóstico
O grande desafio que enfrentamos no que diz respeito à
educação de crianças de 0 a 6 anos, se constitui no desafio de construir, hoje,
a cidadania. Porque a criança não pode mais ser considerada como um adulto, o
quase adulto, o adulto incompleto, alguém que ainda não é! Ao contrário, ela
deve ser percebida como sujeito social, pessoa, gente, cidadã que, como tal, é
determinada pelos aspectos históricos, econômicos, políticos e socioculturais
do meio em que está inserida.
Através de
uma análise histórica percebemos que somente nos últimos 70 anos a educação
brasileira passou a ser encarada como dever do Estado e direito de todos os
cidadãos. Desta forma é que, na passagem do século XIX para o século XX, a
escola elementar era ainda privilégio da elite. Naquele momento, as escassas
medidas voltadas às crianças de 0 a 6 anos eram iniciativas de grupos
beneficentes de sanitaristas e filantropos, e tinham caráter eminentemente
médico.
Nos anos 20 e 30 deste século, com a industrialização e a
urbanização crescentes e com a lenta formação de uma classe média e de
proletariado, assistimos no contexto educacional a uma intensa movimentação em
defesa da escola pública. Neste sentido, a constituição de 1934 – infelizmente
de curta duração - iria incorporar as contribuições do Manifesto dos Pioneiros
da Educação Nacional, e ouvir as vozes dos educadores que, comprometidos com a
democratização da educação brasileira, defendiam a escola pública para todos.
Naquele mesmo momento, as iniciativas destinadas às populações infantis de 0 a
6 anos continuavam a ter caráter eminentemente médico e assistencial. O Estado
não assumia a educação infantil como sua responsabilidade.
Com o processo de democratização vivido no pós-guerra tanto
no contexto internacional como também no Brasil, a industrialização e o
crescimento econômico nacional se insurgiam. No plano político, vivemos no país
o intenso movimento pela constituição de 46
e, no campo da educação, eclodia novamente a defesa pela escola pública.
Eram intensas as lutas pela LDB, que foi promulgada em 1961, com amplas vantagens
para o setor privado e conseqüentemente a expansão do ensino médio privado.
Quanto à educação infantil predominavam as tendências médicas, alimentar e
assistencial. A ajuda internacional de organismo como UNICEF se aliava à
criação da LBA e de órgãos vinculados à iniciativa privada, como a Organização
Mundial para Educação Pré-escolar. Entretanto, o Estado não cogitava de
educação ao falar de criança pequena.
O golpe militar de 64, a política econômica então
estabelecida com a internalização da nossa economia e o agravamento das
condições de vida da população trouxeram-nos, em relação ao contexto
educacional de atendimento, as crianças de 0 a 6 anos. O Estado começou a se
preocupar com o caráter educativo das ações a elas dirigidas. Discursos
ufanistas eram proferidos em defesa do pré-escolar, como se ela pudesse salvar
a escola de primeiro grau e resolver seus problemas de repetência e evasão. A
pré-escola era proposta como uma espécie de vacina contra o fracasso escolar.
A partir dos anos 80, com o processo de abertura política, as
eleições diretas e a instalação do Congresso Constituinte, as lutas pela escola
pública recrudescem em todo país. O direito à educação de todas as crianças de
0 a 6 anos é bandeira de movimentos de mulheres, de educadores, de trabalhadores
e trabalhadores em geral.
A luta por creches e pré-escolas como direito de todos ecoou
no parlamento no bojo de ampla discussão sobre os direitos da infância e
adolescência.
Temos hoje, então, a primeira Constituição Brasileira que
reconhece o direito de todas as crianças a creches e pré-escolas e o dever do
Estado e do município em provê-las, temos a Lei de Diretrizes e Bases que
também, pela primeira vez, estabelece a
Educação Infantil como pertencente à educação básica e os Referenciais Curriculares
Nacionais que estabelecem o que é necessário saber e aplicar no trabalho
direcionado a este público.
Contextualizando o município de Janaúba nesse
histórico-diagnóstico verificamos que o atendimento à Educação Infantil tem
início com a fundação do Jardim de Infância Josefina Azeredo, que foi criado
pela Lei Nº 28 em 11/08/1951 pelo então prefeito da época, o Sr. Maurício de
Azevedo, atendendo a 90 alunos. Em agosto de 1952, foi inaugurado o prédio
próprio na praça da Matriz onde funciona até hoje. Entre 1977 e 1982, funcionou
em 3 turnos com salas de 35 a 45 alunos. Na gestão do Prefeito Joaquim Maurício
de Azevedo, de 1984 a 1989, houve uma grande reforma na escola onde se
construiu as 5 salas do pátio externo para atender à crescente demanda.
Foi também no mandato do prefeito Joaquim Maurício que se
criou a primeira creche do município no Bairro Dente Grande, para atender a
pedidos das mães daquele bairro. A creche se chamava Menino Jesus.
Quanto à rede privada,
a primeira escola que atenderia à educação infantil surge em meados de
1973 com o nome Pato Donald, de propriedade da professora Ívia Ladeia Batista.
Em 1980, surge a Casa Escola da Criança, hoje CEC Diocesano. Em 1982, surge o
PROASBE; em 1984, a Escola Nova Jerusalém. E desse período até hoje temos o
surgimento de outras instituições como Sonho Infantil, Ciranda Cirandinha,
Escola Walt Disney - hoje Colégio Pilares,
Escola Castelo Encantado - atualmente Colégio Prêmio, Colégio SEJAN e
Colégio Batista.
Atualmente o município atende a 20 escolas municipais de
educação infantil sendo que elas só atendem a crianças de 2 a 6 anos. Em
nenhuma atende ou já atendeu crianças abaixo dessa idade. Contam com
infra-estrutura inadequada, funcionando em prédios alugados e, por isso,
adaptados, poucos recursos didático-pedagógicos para o desenvolvimento integral
das crianças.
Assim destacamos os aspectos históricos, embora não seja de forma ilusória ou ingênua
que acreditamos que é possível oferecer,
de forma rápida, uma educação de qualidade para todas as crianças de 0 a 6
anos. No entanto, mesmo admitindo que esta realidade não pode ser imediatamente
conquistada, ela pode fornecer as diretrizes de nossa ação política. Como
horizonte acreditamos, portanto, numa educação de qualidade, o que coloca a necessidade
preemente de políticas tanto de financiamento, quanto de formação de recursos
humanos, propostas pedagógicas e curriculares capazes de garantir as condições
imprescindíveis para implementar a educação que interessa às populações
infantis, em especial, das classes populares.
O acesso à
Educação Infantil de qualidade é, pois, direito dos cidadãos e cidadãs de 0 a
6 anos, de todas as classes sociais, sendo dever do município
assegurá-la, para que a educação possa ser verdadeiramente adjetivada como democrática.
O desafio da educação é começar a trabalhar hoje pela construção da cidadania,
pois os direitos conquistados precisam ser concretizados.
De acordo
com dados do CEDEPLAR/UFMG, a projeção da população na faixa etária de 0 a 3 anos, idade que compreende o atendimento
escolar em creches, cresce ano a ano e
chega em 2004 a 5.548 crianças. Fazendo um comparativo nos dados demográficos
com a evolução da matrícula em creches percebe-se que o município de Janaúba está
distante da universalização do atendimento nesse nível de ensino. Em 2004, de
acordo com as tabelas que se seguem o atendimento dessas crianças chega a 15%
da população estimada e em precárias condições. Nos demais segmentos da
Educação Infantil o município atende uma demanda maior do que a projetada nas
faixas etárias correspondentes.
EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHE
POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
1998 |
36 |
0 |
0 |
36 |
1999 |
86 |
0 |
0 |
86 |
2000 |
180 |
0 |
0 |
180 |
2001 |
218 |
0 |
0 |
218 |
2002 |
336 |
0 |
0 |
336 |
2003 |
827 |
552 |
0 |
275 |
2004 |
886 |
619 |
0 |
267 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais/MEC -INEP
EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÉ-ESCOLA
POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
1998 |
2763 |
1978 |
0 |
785 |
1999 |
2706 |
2079 |
0 |
627 |
2000 |
2816 |
2210 |
0 |
606 |
2001 |
2972 |
2273 |
0 |
699 |
2002 |
2933 |
2208 |
0 |
725 |
2003 |
3398 |
2699 |
0 |
699 |
2004 |
3198 |
2400 |
0 |
798 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
1998 |
2799 |
1978 |
0 |
821 |
1999 |
2792 |
2079 |
0 |
713 |
2000 |
2996 |
2210 |
0 |
786 |
2001 |
3190 |
2273 |
0 |
917 |
2002 |
3269 |
2208 |
0 |
1061 |
2003 |
4225 |
3251 |
0 |
974 |
2004 |
4084 |
3019 |
0 |
1065 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
Diretrizes
A Educação Infantil é responsabilidade do município, em grau
de prioridade. Essa prioridade deverá ser gradualmente realizada desde que
cumprida a obrigatoriedade constitucional com o Ensino Fundamental e garantida
a sua extensão à pré-escola.
A Educação Infantil
pública de qualidade deverá conceder o melhor dos seus recursos técnicos e
pedagógicos uma vez que será através dela que se estabelecerá as bases da
personalidade humana, da inteligência, da vida emocional.
O atendimento da Educação Infantil, nos regimes parcial ou
integral nas modalidades pública, conveniada e privada será oferecido em
estabelecimentos com infra-estrutura adequada ao desenvolvimento de atividades
específicas e necessárias para a faixa etária de 0 a 5 anos.
O atendimento na Educação Infantil em regime integral para
crianças de 0 a 6 anos de idade será preferencialmente para as crianças das
famílias mais necessitadas e para
aquelas crianças mantidas somente por um responsável.
A Educação Infantil pública
poderá ser oferecida por instituições educacionais não governamentais
sem fins lucrativos, através de convênios
sob a coordenação da Secretaria
de Educação.
A Secretaria Municipal de Educação, através do Conselho
Municipal de Educação, avaliará anualmente as condições de funcionamento e os
desempenhos das escolas públicas, privadas/conveniadas da Educação Infantil, com regime integral e
regime parcial de funcionamento, e deverá condicionar a criação de novas
instituições de Educação Infantil e a renovação dos convênios existentes ao
cumprimento da legislação e ao atendimento das instruções normativas sobre o
assunto.
A formação dos profissionais da Educação Infantil
merecerá uma atenção especial, dada à
relevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento e a
aprendizagem. Além da formação acadêmica prévia requer-se a formação
permanente, inserida num trabalho pedagógico,
nutrindo-se dele e renovando-o constantemente.
Buscar-se-á a superação das dicotomias CRECHE/PRÉ-ESCOLA,
assistencialismo/ educação. No período de 10 anos coberto por este plano,
Janaúba poderá chegar a uma Educação Infantil
que abarque o segmento etário de 0 a 6 anos, respeitando as diversidades
regionais, os valores e as expressões culturais das diferentes localidades, que
formam a base sócio-histórica sobre a
qual as crianças iniciam a construção de suas personalidades.
A Educação Infantil de caráter inclusivo funcionará através
de programas específicos de qualificação de professores e orientação aos pais,
adaptação dos estabelecimentos quanto às condições físicas, mobiliário,
equipamentos e materiais, a fim de
alocar satisfatoriamente as crianças que nela se enquadram.
Apresentamos a
seguir as diretrizes da Política Nacional de Educação Infantil:
• A educação e o cuidado das crianças de
0 a 6 anos são de responsabilidade do setor educacional.
• A Educação Infantil deve pautar-se
pela indissociabilidade entre o cuidado e a educação.
• A Educação Infantil tem função
diferenciada e complementar à ação da família, o que implica uma profunda,
permanente e articulada comunicação entre elas.
• É dever do Estado, direito da criança
e opção da família o atendimento gratuito em instituições de Educação Infantil
às crianças de 0 a 6 anos.
• A educação de crianças com
necessidades educacionais especiais deve ser realizada em conjunto com as
demais crianças, assegurando-lhes o atendimento educacional especializado
mediante avaliação e interação com a família e a comunidade.
• A qualidade na Educação Infantil deve
ser assegurada por meio do estabelecimento de parâmetros de qualidade.
• O processo pedagógico deve considerar
as crianças em sua totalidade, observando suas especificidades, as diferenças
entre elas e sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar.
• As instituições de Educação Infantil
devem elaborar, implementar e avaliar suas propostas pedagógicas a partir das
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil e com a participação
das professoras e dos professores.
• As propostas pedagógicas das
instituições de Educação Infantil devem explicitar concepções, bem como definir
diretrizes referentes à metodologia do trabalho pedagógico e ao processo de
desenvolvimento/aprendizagem, prevendo a avaliação como parte do trabalho
pedagógico, que envolve toda a comunidade escolar.
• As professoras e professores e os
outros profissionais que atuam na Educação Infantil exercem um papel
socioeducativo, devendo ser qualificados especialmente para o desempenho de
suas funções com as crianças de 0 a 6 anos.
• A formação inicial e a continuada das
professoras e professores de Educação Infantil são direitos e devem ser
asseguradas a todos pelos sistemas de ensino com a inclusão nos planos de
cargos e salários do magistério.
• Os sistemas de ensino devem assegurar
a valorização de funcionários não docentes que atuam nas instituições de
Educação Infantil, promovendo sua participação em programas de formação inicial
e continuada.
• O processo de seleção e admissão de
professoras e professores que atuam nas redes pública e privada deve assegurar
a formação específica na área e mínima exigida por lei. Para os que atuam na
rede pública, a admissão deve ser por meio de concurso.
• As políticas voltadas para a Educação
Infantil devem contribuir em âmbito nacional, estadual e municipal para uma
política para a infância.
• A política de Educação Infantil em
âmbito nacional, estadual e municipal deve se articular com as de Ensino
Fundamental, Médio e Superior, bem como com as modalidades de Educação Especial
e de Jovens e Adultos, para garantir a integração entre os níveis de ensino, a
formação dos profissionais que atuam na Educação Infantil, bem como o
atendimento às crianças com necessidades especiais.
•
A
política de Educação Infantil em âmbito nacional, estadual e municipal deve se
articular às políticas de Saúde, Assistência Social, Justiça, Direitos Humanos,
Cultura, Mulher e Diversidades, bem como aos fóruns de Educação Infantil e
outras organizações da sociedade civil
Metas
1.
Ampliar
a oferta de Educação Infantil de forma a atender, em 5 anos, 70% da população
de 0 a 3 anos de idade e 80% da população de 4 a 6 anos. E até ao final da década, alcançar a
meta de 90% das crianças de 0 a 3 anos e
100% das crianças de 4 a 6 anos.
2.
Garantir
o atendimento às crianças de 0 a 3 anos aos filhos de mães estudantes e/ou que
trabalham fora.
3.
Construir
os prédios próprios de creches e escolas que funcionam de aluguel e de forma
adaptada, no prazo de cinco anos, sendo que no primeiro ano deste plano será
priorizada a E.M. Dalva dos Anjos,
através da cooperação Estado/Município, dentro dos padrões mínimos exigidos de
infra-estrutura para o funcionamento adequado das instituições de Educação
Infantil públicas e privadas, que respeitando as diversidades locais, assegurem
o atendimento das características das distintas faixas etárias e das
necessidades do processo educativo quanto a:
•
Espaço
interno com iluminação, insolação, ventilação, visão para espaço externo, rede
elétrica e segurança, água potável, esgotamento sanitário.
•
Instalações
sanitárias e para higiene pessoal das crianças.
•
Instalações
para preparo ou serviço de alimentação.
•
Ambiente
interno e externo para o desenvolvimento das atividades conforme as diretrizes
curriculares e a metodologia da Educação Infantil, incluindo o repouso, a
expressão livre, o movimento e o brinquedo.
•
Mobiliário,
equipamento e materiais pedagógicos.
•
Adequação
às características das crianças com
necessidades especiais.
4.
A
partir do 2° ano deste plano, o Estado somente deverá autorizar a
construção e funcionamento de
instituições de Educação Infantil, públicas ou privadas que atendam aos
requisitos de infra-estrutura definidos no item anterior.
5.
Adaptar
os prédios de Educação Infantil para que, em cinco anos, todos estejam conforme
os padrões mínimos de infra-estrutura estabelecidos.
6.
O
Estado garantirá luz elétrica, água potável e esgoto sanitário em todas as
escolas municipais e estaduais que não possuem até a presente data.
7.
Assegurar
que, em dois anos, o município tenha definido sua política para a Educação Infantil com base nas diretrizes nacionais ,
nas normas complementares estaduais e nas sugestões dos Referenciais
Curriculares Nacionais.
8.
Assegurar que, em um ano, todas as instituições de Educação Infantil tenham formulado, com a participação dos
profissionais de educação nele envolvidos, seus projetos pedagógicos .
9.
Estabelecer
no município, no prazo de três anos , sempre que possível em
articulação com as instituições de ensino superior que tenham experiência na
área, um sistema de acompanhamento, controle e supervisão da Educação Infantil,
nos estabelecimentos públicos e privados, visando ao apoio técnico pedagógico
para a melhoria da qualidade e à garantia do cumprimento dos padrões mínimos
estabelecidos pelas diretrizes nacionais, estaduais e municipais.
10.
Instituir
mecanismos de colaboração entre os setores da educação saúde e assistência na
manutenção, expansão, administração, controle e avaliação das instituições de
atendimento das crianças de 0 a 6 anos de idade, através do Conselho Municipal
de Educação
11.
Garantir
a alimentação escolar para as crianças atendidas na Educação Infantil, nos
estabelecimentos públicos e conveniados, através da colaboração financeira da
União e do Estado.
12.
Assegurar
no município o fornecimento de materiais pedagógicos adequados às faixas
etárias e às necessidades do trabalho educacional, de forma que, em cinco anos,
sejam atendidos os padrões mínimos de infra-estrutura definidos na meta número 2.
13.
Encaminhar
as crianças com 6 anos de idade completos
até o início do ano para a série inicial do Ensino Fundamental de 9 anos
e matricular as crianças de 7 anos ou mais que se encontrem na Educação
Infantil no Ensino Fundamental.
14.
Solicitar
a participação do Conselho Escolar na comunidade local, assegurando a melhoria
de funcionamento das instituições de Educação Infantil e no enriquecimento das
oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos.
15.
Estabelecer,
até o final da década, no município e com a colaboração dos setores
responsáveis pela educação, saúde e assistência social e de organizações não
governamentais, programas de orientação e apoio aos pais com filhos entre 0 a 6
anos, oferecendo, inclusive, assistência financeira, jurídica e de
suplementação alimentar nos casos de pobreza, violência doméstica e
desagregação familiar extrema.
16.
Adotar
progressivamente o atendimento em tempo integral para as crianças 0 a 6 anos.
17.
Estabelecer
parâmetros de qualidade de serviços da Educação Infantil, como referência para
a supervisão , o controle e avaliação , e como
instrumento para a adoção das
medidas de melhoria da qualidade.
18.
Promover
debates com a sociedade civil sobre o direito dos trabalhadores à assistência
gratuita a seus filhos e dependentes em creches e pré-escolas.
19.
Assegurar
que no município, além de outros recursos municipais, os 10% dos recursos de
manutenção e desenvolvimento do ensino não vinculados ao FUNDEF sejam
aplicados, prioritariamente, na Educação Infantil.
20.
Realizar
estudos sobre o custo da Educação Infantil com base nos parâmetros de qualidade
com vistas a melhorar a eficiência e garantir a generalização da qualidade do
atendimento.
21.
Ampliar
a oferta de cursos de formação de professores de Educação Infantil de nível
superior, com conteúdos específicos para esta modalidade.
22.
Atendimento
às escolas de educação infantil de equipe interdisciplinar itinerante formada
por psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo.
23. Integrar efetivamente, até o final de
2007, todas as instituições de Educação Infantil (públicas e privadas) aos
respectivos sistemas de ensino.
24.
Extinguir
progressivamente os cargos de monitor, atendente, auxiliar, entre outros, mesmo
que ocupados por profissionais concursados em outras secretarias ou na
secretaria de Educação e que exercem funções docentes.
Diagnóstico
De acordo com a Constituição Brasileira, o ensino fundamental
é obrigatório e gratuito. O artigo 208 preconiza a garantia de sua oferta,
inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. É básico
na formação do cidadão, pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, em seu artigo 32, o pleno domínio da leitura, da escrita e
do cálculo constituem meios para desenvolvimento da capacidade de aprender e de
se relacionar no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda
população brasileira.
O art.208, § 1º , da Constituição Federal afirma: “O acesso
ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”, e o seu
não-oferecimento pelo poder público ou sua oferta irregular implica
responsabilidade da autoridade competente.
As matrículas do ensino fundamental do município de Janaúba , conforme mostram as tabelas abaixo, superam a casa dos 14117, número superior ao de crianças de 7 a 14 anos. Isto significa que há muitas crianças matriculadas no ensino fundamental com idade acima de 14 anos. Em 2003, tínhamos 2655 pessoas nessa condição.
POPULAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA E SEGUNDO O ANO: 2000/2003
Ano |
Total |
Por faixa etária (anos) |
|
7 a 10 |
11 a 14 |
||
2 0 0 0 |
11420 |
5577 |
5843 |
2 0 0 1 |
11371 |
5589 |
5782 |
2 0 0 2 |
11409 |
5654 |
5755 |
2 0 0 3 |
11462 |
5707 |
5755 |
Fonte:CEDEPLAR/UFMG
EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL – 1 ª A 4ª SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
8640 |
1715 |
931 |
5774 |
0 |
220 |
0 |
1999 |
8353 |
1756 |
1068 |
5301 |
0 |
228 |
0 |
2000 |
8036 |
1797 |
990 |
4967 |
0 |
282 |
0 |
2001 |
8037 |
1919 |
1052 |
4708 |
0 |
358 |
0 |
2002 |
7752 |
2067 |
1090 |
4205 |
0 |
390 |
0 |
2003 |
7573 |
2040 |
969 |
4163 |
0 |
401 |
0 |
2004 |
7358 |
2818 |
4054 |
486 |
0 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL – 5 ª A 8ª SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
7236 |
500 |
108 |
6428 |
0 |
200 |
0 |
1999 |
7385 |
551 |
155 |
6428 |
0 |
251 |
0 |
2000 |
6890 |
705 |
163 |
5730 |
0 |
292 |
0 |
2001 |
6217 |
746 |
150 |
4974 |
0 |
347 |
0 |
2002 |
6494 |
795 |
165 |
5175 |
0 |
359 |
0 |
2003 |
6544 |
675 |
413 |
5008 |
0 |
448 |
0 |
2004 |
6614 |
1141 |
4934 |
539 |
0 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
Temos portanto, uma situação de inchaço nas matrículas do
ensino fundamental que decorre basicamente da distorção idade-série, a qual, por
sua vez, é conseqüência dos índices de reprovação. Corrigir essa situação
constitui prioridade da política educacional do município.
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 1ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
22,42 |
33,95 |
40,52 |
11,87 |
|
1 , 75 |
|
1999 |
21,60 |
33,25 |
41,11 |
8,40 |
|
1 , 69 |
|
2000 |
21,50 |
26,35 |
32,75 |
17,05 |
|
0 , 00 |
|
2001 |
17,73 |
26,79 |
28,93 |
8,08 |
|
5 , 88 |
|
2002 |
15,85 |
23,41 |
27,35 |
6,53 |
|
2 , 22 |
|
2003 |
15,94 |
25,32 |
30,40 |
7,25 |
|
3 , 00 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 2ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
29,71 |
56,95 |
56,25 |
17,60 |
|
0 , 00 |
|
1999 |
26,03 |
41,75 |
57,09 |
16,31 |
|
3 , 57 |
|
2000 |
25,71 |
34,53 |
59,18 |
15,08 |
|
1 , 47 |
|
2001 |
24,56 |
35,46 |
48,66 |
16,46 |
|
8 , 11 |
|
2002 |
22,12 |
34,04 |
39,29 |
13,95 |
|
0 , 00 |
|
2003 |
19,06 |
30,05 |
35,79 |
9,15 |
|
1 , 12 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 3ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
32,65 |
68,14 |
63,35 |
22,48 |
|
0 , 00 |
|
1999 |
30,66 |
58,95 |
60,20 |
19,24 |
|
0 , 00 |
|
2000 |
25,19 |
48,51 |
55,34 |
15,52 |
|
1 , 37 |
|
2001 |
26,42 |
40,53 |
55,81 |
17,30 |
|
1 , 39 |
|
2002 |
25,43 |
38,69 |
50,21 |
16,99 |
|
1 , 82 |
|
2003 |
25,51 |
38,24 |
43,24 |
19,41 |
|
0 , 00 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 4ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
48,52 |
64,58 |
65,32 |
46,70 |
|
0 , 00 |
|
1999 |
39,50 |
72,44 |
66,67 |
32,76 |
|
1 , 75 |
|
2000 |
36,93 |
56,25 |
58,86 |
31,93 |
|
3 , 28 |
|
2001 |
27,16 |
48,92 |
54,95 |
19,74 |
|
2 , 74 |
|
2002 |
27,83 |
41,26 |
61,11 |
19,89 |
|
1 , 04 |
|
2003 |
26,68 |
40,64 |
51,32 |
19,67 |
|
3 , 48 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
47,37 |
70,54 |
33,33 |
46,05 |
|
5 , 45 |
|
1999 |
57,83 |
81,82 |
76,12 |
56,43 |
|
1 , 45 |
|
2000 |
44,97 |
82,70 |
72,22 |
38,34 |
|
1 , 23 |
|
2001 |
35,54 |
68,70 |
60,47 |
29,82 |
|
0 , 00 |
|
2002 |
31,28 |
64,08 |
54,00 |
25,37 |
|
2 , 44 |
|
2003 |
32,12 |
53,19 |
64,75 |
26,72 |
|
3 , 31 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA
DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 6ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
48,67 |
69,01 |
60,42 |
47,97 |
|
0 , 00 |
|
1999 |
46,26 |
81,13 |
26,09 |
44,25 |
|
6 , 78 |
|
2000 |
44,70 |
75,28 |
66,67 |
42,66 |
|
1 , 32 |
|
2001 |
39,25 |
78,14 |
61,54 |
33,38 |
|
23 , 16 |
|
2002 |
34,79 |
63,64 |
66,67 |
30,61 |
|
3 , 66 |
|
2003 |
32,34 |
60,32 |
61,82 |
29,09 |
|
3 , 17 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 7ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
46,02 |
63,04 |
50,00 |
46,40 |
|
8 , 47 |
|
1999 |
58,24 |
82,42 |
55,77 |
58,94 |
|
0 , 00 |
|
2000 |
54,66 |
75,00 |
54,05 |
55,01 |
|
4 , 55 |
|
2001 |
41,86 |
67,11 |
72,50 |
39,15 |
|
24 , 18 |
|
2002 |
38,96 |
76,77 |
71,05 |
35,71 |
|
7 , 00 |
|
2003 |
33,36 |
57,14 |
62,50 |
31,48 |
|
3 , 06 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
ENSINO FUNDAMENTAL – 8ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
45,29 |
47,62 |
54,17 |
46,47 |
|
2 , 50 |
|
1999 |
56,84 |
68,57 |
46,15 |
58,68 |
|
8 , 82 |
|
2000 |
45,22 |
69,86 |
48,48 |
45,95 |
|
5 , 80 |
|
2001 |
41,13 |
74,36 |
50,00 |
38,90 |
|
22 , 73 |
|
2002 |
41,23 |
63,93 |
68,97 |
40,96 |
|
7 , 37 |
|
2003 |
37,29 |
73,74 |
65,79 |
34,81 |
|
7 , 77 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
Tendo em vista este conjunto de dados e a extensão das
matrículas no ensino fundamental é surpreendente e inaceitável que ainda haja a
porcentagem de analfabetos com mostra a tabela a seguir:
NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA (2000)
Faixas |
% analfabetos |
% com menos de 4 anos de estudo |
% com menos de 8 anos de estudo |
% com menos de 11 anos de estudo |
7 a 10 |
19,99 |
- |
- |
- |
11 a 14 |
3,12 |
28,44 |
- |
- |
15 a 17 |
4,29 |
12,42 |
56,09 |
- |
18 a 20 |
4,94 |
14,5 |
46,74 |
75 , 57 |
21 a 24 |
7,5 |
17,82 |
50,27 |
66 , 66 |
25 ou mais |
26,25 |
45,78 |
73,42 |
81 , 85 |
Fonte IBGE, Censo Demográfico – 2000 Elaboração: CEES/FJP
O problema da exclusão ainda é grande. Uma parcela dessa
população pode ser reincorporada à escola regular e outra precisa ser atingida
pelos programas de Educação de Jovens e Adultos.
O fato de ainda haver crianças fora da escola não tem como
causa determinante o déficit de vagas. Está relacionado à precariedade do
ensino e às condições de exclusão e marginalidade em que vivem segmentos da
população Janaubense. Programas paralelos de assistência às famílias são
fundamentais para o acesso à escola e a permanência nela da população muito
pobre, que depende para a sua subsistência do trabalho infantil.
A inclusão da E. E. Barão de Gorutuba no projeto
Escolas-Referência do Estado de Minas, tendo como afiliada a E.E. Luzia Mendes
é uma ação que busca, através do Plano de Desenvolvimento Pedagógico e
Institucional criado pela equipe da escola, reverter dados e problemas
existentes citados anteriormente para caminhar rumo ao sucesso acadêmico.
Em relação à
infra- estrutura dos estabelecimentos, relativamente a 2003, a que se apontar
que :
•
58 ,82%
possuem biblioteca,
•
3 ,92%
possuem laboratório de ciências,
•
11 ,76%
possuem laboratório de informática,
•
31 ,37%
possuem quadra de esportes,
•
60 ,78%
possuem televisão,
•
52 ,94%
possuem televisão e vídeo cassete,
•
23 ,53%
possuem computador,
•
9 ,80%
possuem internet,
•
98 ,04%
possuem energia elétrica, 98 ,04% possuem esgotamento sanitário e
100 % possuem
abastecimento de água.
Percebemos diante desses dados que a grande maioria dos alunos está
privada de ricas atividades que poderiam ser ministradas nesses ambientes e sem
acesso aos meios mais modernos da informática como instrumentos de
aprendizagem. Esse problema deve merecer atenção especial na década da
educação.
Observa-se que a movimentação escolar é pequena na rede
municipal e cresce nas escolas estaduais. É possível constatar que os índices
de abandono são maiores na zona rural e cresce nas séries finais do ensino
fundamental. A evasão escolar foi reduzida a partir da implantação do programa
Bolsa-escola, PETI e AABB Comunidade. Com relação ao desempenho escolar são
alarmantes os índices de reprovação nas séries iniciais do ensino fundamental
na rede municipal e na rede estadual. Devido ao sistema ser organizado em
ciclos, a aprovação alcança os 100% e os resultados qualitativos são
preocupantes, pois são muitos os alunos que chegam à 5ª série e até mesmo ao
ensino médio com sérias dificuldades de leitura. Está sendo criada no sistema
estadual de ensino uma geração de analfabetos funcionais.
MATRÍCULA INICIAL, MOVIMENTAÇÃO, MATRÍCULA FINAL POR SÉRIE/ 2004 REDE MUNICIPAL
Série |
Matrícula Inicial |
Trans. Receb. |
% |
Trans. Exp. |
% |
Matrícula Final |
|
1ª |
Urbana |
380 |
23 |
6 |
33 |
8,6 |
370 |
Rural |
495 |
14 |
2,82 |
44 |
8,88 |
465 |
|
2ª |
Urbana |
288 |
11 |
3,81 |
17 |
5,90 |
282 |
|
Rural |
365 |
15 |
4,1 |
31 |
8,49 |
349 |
3ª |
Urbana |
302 |
14 |
4,63 |
13 |
4,30 |
303 |
|
Rural |
415 |
13 |
3,13 |
24 |
5,78 |
404 |
4ª |
Urbana |
223 |
13 |
5,82 |
8 |
3,58 |
228 |
|
Rural |
350 |
31 |
8,85 |
39 |
11,14 |
342 |
Total 1ª a 4 ª série |
2818 |
134 |
4,75 |
209 |
7,41 |
2743 |
|
5ª |
Urbana |
108 |
9 |
8,33 |
4 |
3,70 |
113 |
Rural |
316 |
20 |
6,32 |
17 |
5,37 |
319 |
|
6ª |
Urbana |
79 |
0 |
0 |
6 |
7,59 |
73 |
Rural |
254 |
12 |
4,72 |
4 |
1,57 |
262 |
|
7ª |
Urbana |
27 |
0 |
0 |
0 |
0 |
27 |
Rural |
199 |
10 |
5 |
18 |
9 |
191 |
|
8ª |
Urbana |
25 |
1 |
4 |
1 |
4 |
25 |
Rural |
133 |
6 |
4,51 |
4 |
3 |
135 |
|
Total 5ª a 8ª série |
1141 |
58 |
5 |
54 |
4,73 |
1145 |
|
Total Geral |
3959 |
192 |
4,84 |
263 |
6,64 |
3888 |
MATRÍCULA INICIAL, MOVIMENTAÇÃO, MATRÍCULA FINAL POR SÉRIE/ 2004 REDE ESTADUAL
Série |
Matrícula Inicial |
Trans. Receb. |
% |
Trans. Exp. |
% |
Matrícula Final |
|
Fase Introdutória |
Urbana |
202 |
16 |
7,9 |
7 |
3,4 |
188 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Fase I |
Urbana |
812 |
102 |
12,5 |
83 |
10,2 |
780 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Fase II |
Urbana |
939 |
74 |
7,8 |
95 |
10,1 |
877 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Fase III |
Urbana |
969 |
108 |
11,1 |
98 |
10,1 |
939 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Fase IV |
Urbana |
1.013 |
68 |
6,7 |
67 |
6,6 |
972 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Total 1ª a 4ª s érie |
3.935 |
368 |
9,3 |
350 |
8,9 |
3.756 |
|
5 ª |
Urbana |
1.228 |
47 |
3,8 |
83 |
6,7 |
1.088 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
6 ª |
Urbana |
1.351 |
56 |
4,1 |
93 |
6,8 |
1.181 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
7 ª |
Urbana |
1.149 |
26 |
2,2 |
63 |
5,4 |
970 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
8 ª |
Urbana |
1.124 |
50 |
4,4 |
77 |
6,8 |
928 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Total 5ª a 8ª série |
4.852 |
179 |
3,6 |
316 |
6,5 |
4.167 |
|
TOTAL GERAL |
8.787 |
547 |
6,2 |
666 |
7,5 |
7.923 |
RESULTADO
FINAL DO ENSINO FUNDAMENTAL POR SÉRIE/ 2004 – REDE MUNICIPAL
2ª |
Urbana |
282 |
212 |
75,17 |
44 |
15,6 |
26 |
9 |
|
Rural |
349 |
227 |
65 |
73 |
20,91 |
49 |
13 , 42 |
3ª |
Urbana |
303 |
243 |
80,19 |
31 |
10,23 |
29 |
9 , 6 |
|
Rural |
404 |
302 |
74,75 |
61 |
15 |
41 |
9 , 87 |
4ª |
Urbana |
228 |
189 |
82,89 |
19 |
8,33 |
20 |
8 , 96 |
|
Rural |
342 |
279 |
81,57 |
30 |
8,77 |
33 |
9 , 42 |
Total 1 ª a 4ª série |
2743 |
1910 |
69,63 |
496 |
18 |
337 |
11 , 95 |
|
5ª |
Urbana |
113 |
61 |
53,98 |
44 |
38,93 |
8 |
7 , 4 |
|
Rural |
319 |
174 |
54,54 |
84 |
26,33 |
61 |
19 , 3 |
6ª |
Urbana |
73 |
52 |
71,23 |
14 |
19,17 |
7 |
8 , 86 |
|
Rural |
262 |
184 |
70,22 |
25 |
9,54 |
53 |
20 , 86 |
7ª |
Urbana |
27 |
20 |
74 |
6 |
22,22 |
1 |
3 , 70 |
|
Rural |
191 |
156 |
81,67 |
16 |
8,37 |
19 |
9 , 54 |
8ª |
Urbana |
25 |
18 |
72 |
4 |
16 |
3 |
12 |
|
Rural |
135 |
100 |
74 |
1 |
0,74 |
34 |
25 , 56 |
Total 5ª a 8ª série |
1145 |
765 |
66,81 |
194 |
16,94 |
186 |
16 , 3 |
|
Total Geral |
3888 |
2675 |
68,8 |
690 |
17,74 |
523 |
13 , 21 |
RESULTADO FINAL, ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL POR SÉRIE/ 2004 – REDE ESTADUAL
Série |
Matrícula Final |
Aprovação |
% |
Reprovação |
% |
Abandono |
% |
|
Fase Introdutória |
Urbana |
188 |
188 |
100 |
|
|
23 |
12,2 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
|
Fase I |
Urbana |
780 |
780 |
100 |
|
|
51 |
6,5 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
|
Fase II |
Urbana |
877 |
877 |
100 |
|
|
40 |
4,5 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
|
Fase III |
Urbana |
939 |
939 |
100 |
|
|
41 |
4,3 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
|
Fase IV |
Urbana |
972 |
970 |
99,8 |
2 |
0,2 |
42 |
4,3 |
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
|
Total 1ª a 4ª série |
3.756 |
3.754 |
|
2 |
|
197 |
|
|
5ª |
Urbana |
1.088 |
735 |
67,5 |
247 |
22,7 |
104 |
9 , 5 |
|
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
6ª |
Urbana |
1.181 |
794 |
67,2 |
244 |
20,6 |
133 |
11,2 |
|
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
7ª |
Urbana |
1.013 |
777 |
76,7 |
137 |
13,5 |
134 |
13,2 |
|
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
8ª |
Urbana |
972 |
792 |
81,4 |
180 |
18,5 |
149 |
15,3 |
|
Rural |
- |
- |
|
- |
|
- |
|
Total 5ª a 8ª série |
4.254 |
3.098 |
72,8 |
808 |
18,9 |
520 |
12,2 |
|
Total Geral |
8.010 |
6.852 |
85,5 |
810 |
10,1 |
717 |
8,9 |
Indicadores de qualidade do ensino por disciplina e segundo a série (2003)1
SÉRIE |
PROFICIÊNCI A MÉDIA2 |
% DE ALUNOS ACIMA DO NÍVEL |
ÍNDICES DE QUALIDADE |
||||||
BÁSICO3 |
RECOMENDADO 4 |
||||||||
MAT. |
PORT. |
MAT. |
PORT. |
MAT. |
PORT. |
MAT. |
PORT. |
GERAL |
|
4 ª série |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
fundamental |
174,8 |
178,1 |
44,8 |
57,0 |
27,4 |
31,8 |
0,58 |
0,64 |
0 , 61 |
8 ª série |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
fundamental |
231,4 |
237,7 |
35,2 |
66,4 |
6,8 |
13,8 |
0,51 |
0,64 |
0 , 58 |
3ª série médio |
254,3 |
264,2 |
7,6 |
71,6 |
0,4 |
12,5 |
0,42 |
0,56 |
0 , 48 |
Fonte: SIMAVE
CLASSIFICAÇÃO DO
MUNICÍPIO PELO ÍNDICE DE QUALIDADE DO ENSINO, SEGUNDO A SÉRIE
SÉRIE |
NO ESTADO6 |
NA SRE7 |
4ª série fundamental |
394 (544) |
12 (44) |
8ª série fundamental |
534 (774) |
7 (56) |
3ª série médio |
662 (808) |
17 (55) |
Diretrizes
As diretrizes norteadoras da educação fundamental está na
Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação em que reza o
princípio da indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade da
educação escolar.
A oferta escolar
dar-se-á sob forma de diferentes modalidades, como a EJA, como meio para
assegurar a universalização das oportunidades e viabilizar o acesso de todos
que não cursaram o ensino fundamental na idade própria.
É necessária
a ampliação gradual da jornada horária semanal dos alunos, através de diferentes
estratégias de reorganização dos tempos escolares, da utilização dos espaços
físicos e dos recursos pedagógicos das escolas municipais, de modo a assegurar:
•
Organização
de plantões de reforço semanal.
•
Organização
em cada uma das escolas, durante dois dias úteis de cada semana e no turno
contrário ao turno das aulas regulares, de programas de treinamento em informática, artes e música e práticas
esportivas.
As escolas
municipais de ensino fundamental , deverão:
•
Elaborar
e finalizar sua proposta pedagógica, no primeiro ano deste plano, contendo a
descrição dos padrões curriculares de desempenho ou os descritores curriculares
do que os alunos precisam conhecer e saber fazer, por disciplina , série ou
ciclo ,ao longo da escolaridade.
•
Incluir
na proposta pedagógica o plano de implementação correspondente, apresentando os
resultados das avaliações externas e as
metas mínimas de desempenho acadêmico dos alunos para o período de
implementação deste plano.
•
Criar
um painel de informações administrativas e pedagógicas da escola contendo a
apresentação da proposta pedagógica, os resultados das avaliações externas e as
metas de desempenho futuro.
•
Avaliar
semestralmente o desempenho dos docentes, supervisores e do(a) diretor(a)
escolar.
Os professores das escolas municipais de
ensino fundamental deverão:
•
Participar
da elaboração, implementação, avaliação e revisão da proposta pedagógica da
escola.
•
Trabalhar
com padrões e avaliações e com metas de desempenho por série ou ano de ciclo e
por classe.
•
Elaborar
e executar o seu plano anual de curso e o seu planejamento de aulas.
•
Organizar
e manter atualizado o portifólio de registro do perfil de progresso acadêmico
dos alunos.
•
Participar
periodicamente, nos termos de contrato de trabalho, das atividades escolares
programadas de estudo, avaliação e planejamento, em equipe.
Os diretores das escolas
municipais de ensino fundamental deverão:
•
Coordenar
a elaboração, implementação, avaliação e revisão da proposta pedagógica da
escola.
•
Assegurar
que todos os docentes trabalhem com padrões e avaliações e metas de desempenho
por série, ou ano de ciclo e por classe.
•
Assegurar
que cada docente elabore e aplique o seu plano anual de curso e o seu
planejamento de aulas.
•
Organizar
e manter atualizado o portifólio de registro do perfil de desempenho do
professor, e realizar o monitoramento contínuo dos desempenhos dos docentes.
•
Assegurar
que as escolas municipais funcionem como ambientes organizados de aprendizagem,
considerando que , segundo estudos comparados internacionais e nacionais sobre
a eficácia escolar, as seguintes características comprovadamente estão
associadas a melhores desempenhos dos alunos:
•
Professores,
supervisores e direção trabalham como uma equipe.
•
A
escola trabalha com padrões de
desempenho dos alunos e de avaliações, e com metas de desempenhos.
•
Os
professores formam altas expectativas de desempenho dos seus alunos,
comprometem-se e sentem-se responsáveis pelos desempenhos de todos.
•
Supervisores
e professores elaboram, juntos, os planos de curso dos docentes e os docentes
elaboram e realizam seu planejamento de aulas. O currículo prometido é igual ao
currículo ensinado.
•
O
‘para-casa” é passado e corrigido em sala de aula rotineiramente com
participação ativa dos alunos.
•
Os
professores trabalham com objetivos de que os alunos desenvolvam habilidades de
alta ordem.
•
Os alunos
reconhecem que desempenhos em leitura, interpretação, escrita, oralidade e
cálculo matemático são adequados, formulam metas e esforçam para alcançá-las.
•
As
famílias dos alunos são informadas sobre que desempenhos são considerados
adequados e sobre os resultados e análise dos resultados das avaliações.São
encorajadas e participam efetivamente de processos da vida escolar.
A Secretaria Municipal de Educação deverá institucionalizar a avaliação externa das aprendizagens dos
alunos como uma política pública e juntamente com as escolas municipais deverão
, entre si, firmar um contrato de gestão, contendo a descrição clara de metas
de eficiência e de desempenho acadêmico.
Cada escola municipal deverá montar uma comissão que avaliará
semestralmente o desempenho de seus profissionais, tendo como base, as metas
propostas por cada um no início de cada semestre, o acompanhamento do trabalho e entrevistas individuais.
A Secretaria Municipal
de Educação deverá instituir a avaliação semestral do desempenho das escolas
municipais através de entrevistas com cada equipe de gestão escolar, manter
registro dessas avaliações, e, por sua vez, ser avaliada semestralmente por
cada uma das equipes de gestão escolar.
A escola rural requer um tratamento diferenciado. A ampliação
da oferta de quatro séries regulares em substituição às classes isoladas
unidocentes é meta a ser perseguida.
O Estado e
município devem assegurar a melhoria da infra-estrutura física das escolas,
generalizando inclusive as condições para utilização das tecnologias
educacionais em multimídia, contemplando-se desde a construção física, com
adaptações adequadas a crianças e jovens com necessidades especiais, até os
espaços especializados de atividades artísticos –culturais, esportivas,
recreativas e adequações de equipamentos. É necessário avançar nos programas de
formação e qualificação de professores. A oferta de cursos para a habilitação
de todos os profissionais do magistério deverá ser um compromisso efetivo do
município.
Metas
1.
Garantir,
a partir do primeiro ano de aprovação deste plano, a permanência de todas as
crianças na escola, estabelecendo, em regiões em que se demonstrar necessário,
programas específicos de assistência às famílias de baixa renda, com a
colaboração do Estado e da União.
2.
Regularizar
o fluxo escolar, reduzindo em 30% em dois anos, 15% em cinco anos e 0% em sete
anos, a contar do primeiro ano deste plano, as taxas de distorção idade/série.
3.
Elaborar,
no prazo de um ano , padrões mínimos de infra-estrutura e funcionamento das
escolas municipais de ensino
fundamental, compatível com o tamanho dos estabelecimentos e com as realidades
sociais, incluindo:
•
Espaço,
iluminação, insolação, ventilação, água potável, rede elétrica, segurança e
temperatura ambiente;
•
Espaço
para recreação e esportes, com quadra coberta e iluminação,
biblioteca do aluno e do professor, laboratório de
informática, sala de reuniões, refeitório mobiliado, área de serviço, sala com
tv e vídeo;
•
instalações
sanitárias e para higiene;
•
adaptação
dos edifícios escolares para atendimento dos alunos com necessidades especiais;
•
criação
de bibliotecas;
• atualização e ampliação do acervo das
bibliotecas já existentes; mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;
telefone e serviço de
reprodução de textos.
4.
Implantar
esses padrões mínimos de infra-estrutura de funcionamento das escolas
municipais, em quatro anos, a partir do primeiro ano deste plano.
5.
O
Estado garantirá luz elétrica, água potável e esgoto sanitário em todas as
escolas municipais e estaduais que não possuem até a presente data.
6.
O
Estado garantirá assistência pedagógica e material didático para a
implementação do Ensino Fundamental de 9 anos.
7.
A
Secretaria de Estado de Educação investirá em recursos didáticos e acervos das
bibliotecas escolares da rede estadual de ensino.
8.
Estabelecer,
no primeiro ano de vigência deste plano, o “quadro de escola”, segundo uma
tipologia e manter em cada escola e em todo o sistema o número necessário
de docentes, supervisores e orientadores educacionais, de
servidores administrativos e de serviços gerais, condição para que haja
disponibilidade de recursos para implantação do plano de carreira, assim como
para disponibilização dos padrões de infra-estrutura e de funcionamento acima
descritos.
9.
Transformar,
no prazo de três anos, as escolas unidocentes em escolas de mais de um
professor, levando em consideração as realidades e as necessidades pedagógicas
e de aprendizagem dos alunos;
10.
Associar
as classes isoladas unidocentes remanescentes a escolas de, pelo menos, quatro
séries completas.
11.
Em dois
anos, a contar do primeiro ano deste plano, ampliar para o mínimo de 5h30
diárias o tempo médio de permanência dos alunos em todas as escolas municipais,
considerando-se além da jornada-padrão
diária no turno regularmente freqüentado pelo aluno, também como tempos
escolares: Aulas de recuperação ou de reforço escolar;
•
Treinamento
de informática;
•
Aulas e
atividades programadas de artes e música;
•
Prática
de esportes;
12.
Criar o
Centro Municipal de Referência do Professor, até o segundo ano desse plano.
13.
O
Estado deverá criar, no primeiro ano deste plano, o Conservatório de Música.
14.
No
primeiro ano deste plano, revisar a proposta pedagógica de cada escola
municipal que deverá conter o diagnóstico da escola, os valores que orientam a
prática educativa, objetivos e proposta curricular, sob a forma de padrões de
desempenho, e as metas de desempenho a serem alcançadas pelos alunos.
Sugerindo-se que seja dado enfoque especial ao Cooperativismo e Asssociativismo
no plano curricular.
15.
Disponibilizar
, em três anos,a contar do primeiro ano
deste plano, equipes de profissionais formada por psicólogo,
psicopedagogo, fonoaudiólogo e assistente social, para atendimento itinerante.
16.
Até o
segundo ano deste plano ,elaborar e propor à Câmara Municipal um Projeto de Lei
de implementação de escola (s) de tempo integral na rede pública de ensino em
parceria com o Estado, atendendo preferencialmente à(s) localidade(s) onde as
crianças vivem ou estão expostas a uma situação de maior vulnerabilidade
social. A sugestão é que se estabeleça, em 2006, uma parceria entre Estado e
Município transformando a E.E. Antônio Catulé e E.M. Sofia Rosa numa escola de
tempo integral com o desenvolvimento de ações sócio-educativas. Em 2007,
transformar a E.E. Cecília Maria de Jesus em escola de tempo integral.
17.
O
Estado realizará Programa de Avaliação Sistêmica incluindo as escolas
municipais sem ônus para o município.
18.
No
primeiro ano deste plano, elaborar e propor à Câmara Municipal a implantação,
na rede municipal de ensino, de um sistema de gestão escolar de natureza
meritocrática, contendo a descrição clara do processo da seleção competitiva
interna e externa do(s) diretor(es) escolar(es).
19.
No
primeiro ano deste plano, elaborar e propor à Câmara Municipal a implantação,
na rede municipal de ensino, da avaliação de desempenho individual dos
servidores da educação, com vistas a melhoria da qualidade do ensino .
20.
Estabelecer,
no primeiro ano deste plano, em forma de Lei, critérios para contratação dos
profissionais da educação e divulgar amplamente.
Diagnóstico
“ A construção de uma escola para todos não é uma jornada a ser percorrida isoladamente, mas na companhia e com a ajuda daqueles que acreditam e desejam realizar algo que transcenda as limitações pessoais e traduza o compromisso fundamental com a formação dos alunos” ( SEE,
2004)
O Plano Decenal Municipal de Educação proposto representa um
grande marco na história da educação desse município. Ele vem expressar os
compromissos básicos dos gestores, dos educadores e de toda a comunidade em
relação à melhoria da qualidade do ensino.
Constitui grande expectativa dos envolvidos nesse processo,
já que muitas são as situações-problema emergenciais necessárias para se
consolidar. “Poder-se ia pensar, então, que na atualidade, a educação e sua
efetiva contribuição à sustentação e desenvolvimento da sociedade tem sido
representada sob a condição de êxito destes atributos: qualidade, equidade e
democracia”.(Curso Educoas.org, apud PDPI, E.E.M.A.A., 2004).
Nesta lógica, as ações, as oportunidades educativas e a
inclusão social se sustentam na qualidade da educação. Deve-se atentar, então,
para problemas que ainda permanecem sem resolver, como o analfabetismo
funcional, falta de acesso à escolarização, os altos níveis de repetência e
abandono, taxa de distorção idade/série.(1) , as limitações laborais e
profissionais que enfrentam os docentes e, em conseqüência, o mal-estar em que
se desenvolvem suas tarefas ( Plano de Desenvolvimento Pedagógico Institucional
- PDPI, E.E.M.A.A, 2004, p.13).
“A escola, ao
definir coletivamente seus modos ideais de ser(marco doutrinal), organizar-se
fazer(marco operativo), e traduzi-los em princípios filosóficos,
epistemológicos e didáticopedagógicos, estará construindo os alicerces sobre os
quais apoiará a sua ação. Esses princípios(...), constituirão o eixo central do
Plano de Desenvolvimento Pedagógico e Institucional” (Caderno de Orientações,
SEE, (2004)_______________________(1) Os dados estatísticos
encontram-se no Atlas da Educação de Minas gerais, 2005.
No ano de 2004, as Escolas Estaduais de Ensino Médio de
Janaúba, aprovadas no Projeto Escolas - Referência, traçaram os marcos
referenciais, construindo através deles, um plano de ação para o ano de 2005.
Foram realizados momentos de discussão junto às famílias, à comunidade escolar
e parceiros das escolas, obtendo assim um diagnóstico.A sistematização dos
resultados das discussões e reflexões sobre os marcos constituiu o referencial
básico para a realização do diagnóstico das escolas, dando uma visão e a que
distância se está daquilo que se quer alcançar. A partir dele, formulou-se o
Plano de Desenvolvimento Institucional da Escola, o PDPI.
Paralelamente, inclusos ao Projeto Escolas-Referência, os
Grupos de Desenvolvimento Profissional – GDPs, os Grupos de Desenvolvimento
Afetivo Sexual – GDPeas, e o Projeto Afetivo Sexual, o CREN, foram implantados.
Através dos GDPs, refletiu-se sobre o Currículo e o uso dos Livros Didáticos.
No ano de 2005, foram implantados os Conteúdos Curriculares Básicos Comuns –
CBC, adaptados à realidade das escolas públicas, obtendo-se assim parâmetros
básicos de ensino.
A Escola Estadual Joaquim Maurício participa do Projeto -
Escolas Referência como afiliada à Escola Estadual José Gorutuba, já que a
implantação do ensino Médio ocorreu no ano de 2005. As escolas de Ensino Médio
participantes do Projeto Escolas – Referência
são:
. Escola Estadual Maurício Augusto
de Azevedo.
. Escola Estadual Joaquim Maurício.
. Escola Estadual José Gorutuba.
. Escola Estadual Rômulo Sales de Azevedo.
Existe ainda a oferta do Ensino Médio nas comunidades rurais de Quem-Quem
e Vila Nova de Poções através da E.E. José Gorutuba e E. E.Maurício Augusto de
Azevedo, respectivamente. Contamos com mais uma escola na zona rural, a
E.E. Barreiro da Raiz, localizada no
distrito com o mesmo nome.
O ensino
médio privado é disponibilizado pelas
escolas:
. Centro de Educação e Cultura – CEC
Diocesano.
. Sociedade
Educativa de Janaúba – SEJAN
O atendimento
no Ensino Médio precisa ser ampliado. Ainda existe aproximadamente uma demanda
de 20% a ser atendida no ensino médio regular e muitos jovens fora da idade
escolar a ser atendida na EJA. O Ensino Médio precisa chegar à zona rural de
forma eficaz e com qualidade.
EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO MÉDIO
POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
2993 |
0 |
0 |
2853 |
0 |
140 |
0 |
1999 |
3845 |
0 |
0 |
3649 |
0 |
196 |
0 |
2000 |
4160 |
0 |
0 |
3925 |
0 |
235 |
0 |
2001 |
3868 |
0 |
0 |
3612 |
0 |
256 |
0 |
2002 |
3745 |
0 |
0 |
3422 |
0 |
323 |
0 |
2003 |
3649 |
0 |
0 |
3311 |
0 |
338 |
0 |
2004 |
3495 |
0 |
0 |
3087 |
0 |
408 |
0 |
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
As taxas de distorção
idade-série são muito altas no ensino médio. É um indicativo de que
muitos jovens estão cursando esse nível
de ensino fora da idade, fruto da exclusão social e que muitos ajustes
pedagógicos precisam ser implementados para atender a demanda e mantê-la na
escola.
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ENSINO MÉDIO – 1ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
49,03 |
|
|
51,45 |
|
3 , 23 |
|
1999 |
60,39 |
|
|
62,77 |
|
9 , 38 |
|
2000 |
58,06 |
|
|
61,54 |
|
8 , 82 |
|
2001 |
54,02 |
|
|
56,73 |
|
4 , 94 |
|
2002 |
45,09 |
|
|
48,36 |
|
8 , 40 |
|
2003 |
45,43 |
|
|
48,69 |
|
2 , 65 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ENSINO MÉDIO – 2ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
40,48 |
|
|
42,50 |
|
5 , 88 |
|
1999 |
56,22 |
|
|
58,72 |
|
1 , 59 |
|
2000 |
60,16 |
|
|
62,75 |
|
8 , 96 |
|
2001 |
50,12 |
|
|
54,52 |
|
5 , 50 |
|
2002 |
41,40 |
|
|
44,09 |
|
7 , 50 |
|
2003 |
37,86 |
|
|
40,76 |
|
11 , 71 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
TAXA DE DISTORÇÃO IDADE–SÉRIE POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ENSINO MÉDIO – 3ª SÉRIE
Ano/Dependência |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
||
1998 |
29,60 |
|
|
30,47 |
|
3 , 70 |
|
1999 |
58,74 |
|
|
62,24 |
|
13 , 04 |
|
2000 |
58,10 |
|
|
61,33 |
|
1 , 52 |
|
2001 |
56,63 |
|
|
59,64 |
|
9 , 09 |
|
2002 |
53,21 |
|
|
58,59 |
|
6 , 45 |
|
2003 |
40,15 |
|
|
45,09 |
|
4 , 39 |
|
Fonte: Atlas da Educação de Minas Gerais
Na práxis do Ensino Médio no nosso município percebe-se um
currículo incoerente com a realidade da comunidade e do aluno, insuficiente
para garantir uma boa formação, havendo uma desvalorização, por parte dos
alunos, das disciplinas da parte diversificada. O tempo escolar é inadequado e
o espaço escolar apresenta-se de forma fragmentada, fechada. O currículo é
desarticulado da programação sóciocultural, não permite a inclusão social do
negro e o acesso às Universidades Estaduais e Federais é uma conquista de
poucos, principalmente se alunos da rede pública. Existe, no contexto de sala
de aula, uma avaliação punitiva e sem objetivo com escassez de oportunidade de
capacitação.
Ao analisar a gestão das escolas, constata-se um número de
funcionários administrativos insuficientes nas escolas públicas. Existe uma
distância do administrativo do pedagógico e as relações interpessoais dentro da
maioria das escolas são estanques, conflituosas, rotineiras, dificultando
o trabalho coletivo e harmonioso. Há
pouca ou nenhuma participação da família e uma morosidade por parte do Estado
no atendimento às solicitações de melhoria da qualidade de ensino.
Atualmente a demanda das escolas públicas é atendida com
pouca segurança. Falta asfalto e iluminação nos arredores da E.E. Joaquim
Maurício de Azevedo, existem salas superlotadas, falta merenda para todos e a
clientela é muito diversificada.
As escolas públicas de ensino médio têm deficiência de
materiais e instalações inadequadas para
prática de esportes e lazer, não possuem laboratórios de química,
física, ciências biológicas e informática. Existe a necessidade de melhoria do
acervo bibliográfico e de adaptar as instalações ao atendimento de alunos
portadores de necessidades especiais. Os equipamentos e materiais didáticos
são insuficientes, inadequados e não atendem às demandas de um ensino
diversificado, inclusivo e cidadão.
No Ensino
Médio em nossas escolas, é urgente que os laboratórios de informática funcionem
atendendo à comunidade escolar, que seja ofertada a especialização profissional para o aluno do
Ensino Médio, que a carga horária seja ampliada de forma suficiente para que
haja um ensino que valorize as várias dimensões do homem e, principalmente, que
os jovens do meio rural desenvolvam habilidades e competências para a
sobrevivência no campo.
DIRETRIZES
O compromisso do Estado é enfrentar o desafio de ofertar um
ensino médio de qualidade para todos, de forma a garantir aos alunos
habilidades e competências básicas para a sua sobrevivência,
instrumentalizando-os a vencer desafios. É preciso garantir a qualidade do
ensino através de ações que garantam
plantão semanal regular de atendimento aos alunos trabalhadores e de
baixo desempenho.
As ações precisam ser desenvolvidas para propiciar ao aluno o
domínio e a consolidação da aprendizagem de competências cognitivas,
procedimentais e atitudinais de caráter geral,
relacionadas ao pleno exercício da cidadania e da inserção
produtiva. Os projetos pedagógicos das
escolas de ensino médio não podem deixar de privilegiar o domínio de aptidões básicas de linguagens,
comunicação e abstração.
Os nossos jovens, na sua maioria, não têm condições
financeiras de buscar uma formação profissional de nível superior, uma vez que
no município não existe oferta de cursos gratuitos para suprir a demanda. Eles
são forçados a ajudarem no orçamento familiar mesmo antes de terminar o ensino
médio. O Estado não pode se eximir da responsabilidade de oferecer vagas em
cursos de educação profissional.
Devido
ao grande índice de distorção idade-série no ensino médio, este
nível de ensino deve ser ofertado de forma regular e na modalidade da EJA.
METAS
1.
Adequar
o currículo à realidade, com a reestruturação do regimento escolar e do quadro
curricular, organizando o tempo e o espaço de forma a atender às necessidades do município e suas
manifestações culturais. Incluir no regimento escolar e no Currículo, informações
e instrumentalização de mecanismos legais que permitam a concretização de
direitos, quer pela competência do estado, quer pelo acionamento do Poder
Jurídico, e ainda a abordagem de temas sobre cooperativismo e associativismo.
2.
Formular
estratégias para valorização das disciplinas da parte complementar do
currículo, incluindo a contratação de professores habilitados para essas
disciplinas.
3.
Construir
e adaptar salas ambientes por área de
ensino com aquisição de materiais diversificados, contextualizados.
4.
Garantir,
o ensino de qualidade, aos alunos da
rede pública para facilitar o acesso ao ensino superior.
5.
Municiar
educadores a lecionar saberes acerca do exercício da cidadania, a partir da
identidade étnico-racial e da realidade do Norte de Minas.
6.
Criar
um Centro Integrado de Cultura, Artes e Ciências, com elaboração de uma agenda
sóciocultural anual e criação de assessoria de Comunicação Social.
7.
Valorizar
a comunidade negra, a partir do princípio de “igualdade, diversidade e inclusão
social”, fazendo cumprir a Lei Federal 10.639.
8.
Implantar
processo avaliativo inovador, processual, diagnóstico e qualitativo por todos
os educadores, tendo como base a
avaliação externa.
9.
Implantar
de forma “emergencial” a informatização do sistema nas escolas.
10.Intensificar a interação da
família e a escola, promovendo a integração/ interação social numa perspectiva
ética e democrática
11.Permitir e cobrar maior participação dos colegiados.
12.Melhorar o relacionamento aluno X
aluno, aluno X professor e funcionários da escola, priorizando o
desenvolvimento de valores.
13.Melhorar o espaço físico das
secretarias, oferecendo melhor comodidade aos servidores e à clientela.
14.Criar projetos de Protagonismo Juvenil.
15.Atender toda a demanda de ensino médio de acordo com o fluxo escolar.
16.Garantir a segurança dos educandos
através de policiamento na porta e nos eventos das escolas.
17.Pavimentar e iluminar os arredores das escolas.
18.Oferecer alimentação nutritiva
para todos os alunos a partir do primeiro ano deste plano.
19.Diminuir números de alunos por
sala de aula, não ultrapassando 40 alunos por turma.
20.Criar programas que auxiliem os
educadores no atendimento da nova clientela e no atendimento às diversidades.
21.Melhorar as instalações das
quadras de esportes e lazer, principalmente cobertura das mesmas.
22.Garantir a construção de pelo menos uma quadra coberta.
23.Adquirir livros para bibliotecas e equipamentos de
laboratórios.
24.Implantar ou reestruturar as fanfarras escolares.
25.Ampliar o acervo específico do ensino médio da Biblioteca
Pública Municipal.
26.Oferecer às escolas, na íntegra, os equipamentos, materiais e treinamentos e valorização de profissionais da educação, solicitados no PDPI(Plano de Desenvolvimento Pedagógico Institucional).
27.Reestruturar a gestão escolar numa
perspectiva participativa, transformando a estrutura física num espaço
adequado, promovendo uma boa convivência entre a comunidade escolar.
28.Gerar parcerias dinâmicas,
processuais e permanentes entre escola e comunidade, elaborando uma proposta
curricular em consonância com as atividades desenvolvidas pelas escolas.
29.Reorganizar o processo
ensino-aprendizagem numa perspectiva inovadora e realmente significativa
assegurando atendimento diferenciado aos alunos, bem como recursos didáticos
que atendam à demanda escolar.
30.Criar uma proposta coletiva de
avaliação da aprendizagem, articulada à programação sóciocultural.
31.Implantar os Conteúdos Básicos
Comuns – CBC, avaliando e promovendo Fórum de Debates.
32.Equipar as escolas com
instrumentos técnicos necessários que viabilizem o bom andamento dos projetos
institucionais.
33.Tornar o Currículo viável aos
estudantes provenientes do meio rural, introduzindo conteúdos de formação
agrícola e de agroindústria.
34.Preparar jovens e adultos para os
desafios da modernidade, permitindo aquisição de competências relacionadas ao
pleno exercício da cidadania e da inserção produtiva.
35.Formar, qualificar, capacitar e
valorizar os profissionais da educação, viabilizando cursos, treinamentos e
implantando o Plano de Cargos e Salário.
36.Implantar conselhos para
incentivar a participação da comunidade na gestão, manutenção e melhoria das
condições de funcionamento das escolas.
37.Estruturar e implantar programas e
projetos que viabilizem a melhoria dos índices de proficiências das avaliações
sistêmicas.
38.Facilitar o acesso da comunidade
escolar ao laboratório de informática das escolas que o possuem.
39.Criar cursos técnicos
profissionalizantes gratuitos para alunos que concluíram o Ensino Médio Comum
Geral.
40.Ampliar e equipar as escolas Municipais
nas comunidades de Vila Nova de Poções e Quem Quem, para atendimento da demanda
do Ensino Médio pelo Estado.
41.Ofertar disciplinas de
qualificação básica para o trabalho, na parte diversificada do currículo do
Ensino Médio.
42.Criar mecanismos para atender ao
jovem do campo, dotando-o de habilidades
e competências para a sua sobrevivência e a da sua família.
43.Evitar o grande êxodo rural
através da oferta de ensino médio no meio rural, com ênfase para a Escola
Municipal Ludovina Francisca, na localidade de Jatobá.
44.Garantir plantão
semanal regular de atendimento aos alunos trabalhadores.
45.Garantir atendimento médico e
odontológico para alunos do ensino médio, através de um centro especializado em
adolescentes.
46.Organizar plantões de atendimentos aos alunos com baixos
desempenhos.
47.Implantar o Pré-Vestibular
gratuito para os alunos que já concluíram o ensino médio.
48.O Estado deverá facilitar o acesso dos alunos das
comunidades rurais às escolas de ensino médio, disponibilizando o transporte
público.
Educação Superior
Diagnóstico
Janaúba é uma das cidades que mais desenvolveu nos últimos 10
anos. A cidade é pólo da Microrregião da Serra Geral, que se estende até o sul
da Bahia. O município exerce influência econômica sobre as cidades vizinhas
que, somadas, têm uma população estimada em 370 mil habitantes (área da diocese
de Janaúba).
Nossa região tem grande potencial de
desenvolvimento, embora precisemos de
líderes e organizações que nos enxerguem como sendo parte das Minas Gerais e
não as “Gerais” que foram esquecidas na história, como diz Dom José Mauro –
Bispo da Diocese de Janaúba.
Nosso povo
carrega consigo o sofrimento da região do Polígono das Secas, mas em momento
algum desiste da labuta e tem um grande capital social. Muitos dos nossos
chefes de família sofreram e sofrem com a falta de alimento e encontram-se em
completa situação de miséria.
Toda essa realidade social interfere na qualidade da educação
e na forma como os jovens e educadores enfrentam os desafios. A maioria dos
nossos educadores tem uma carga excessiva de trabalho, tem baixos salários, são
muito pessimistas com relação ao futuro de seus alunos, e acreditam muito pouco
no poder transformador da educação para a construção de uma nova ordem social.
Existem muitos professores leigos, salas multisseriadas e muita exclusão social
dentro das escolas.
Dentro dessa realidade social acima descrita, Janaúba conta
atualmente com um Campus da UNIMONTES com os cursos de Agronomia e Pedagogia,
uma Faculdade particular, a ISEJAN, que oferece cursos de Geografia e Letras e
a Universidade Virtual UNOPAR com curso Normal Superior.
A UNIMONTES, há dez anos
na cidade, conta com o corpo de docentes mais graduado de toda Universidade.
São Professores Doutores, Professores Mestres, Professores Mestrandos e
Professores com Especialização. Paralela a esta realidade, conta também com um
grande descaso dos gestores da Universidade, que não apóiam as iniciativas do
campus, não investem na estrutura física
e nem na criação de novos cursos para melhor aproveitar o espaço ocioso
existente. A Prefeitura de Janaúba contribui com manutenção do campus cedendo
funcionários. Em 2001, liderou uma campanha com os municípios da região para
iniciar a construção da rede física para funcionamento dos laboratórios. A base
desta construção foi feita com o compromisso, feito pelo Reitor, de
continuidade da obra e o que se vê é a base sendo deteriorada pelo tempo. A
situação de descaso com os compromissos da Universidade com a cidade e a região
é muito visível e gera um cansaço dos gestores municipais em persistir com a
luta por um ensino superior gratuito para o seu povo.
Diretrizes
A versão preliminar do Anteprojeto da Lei de Educação
Superior, apresentada pelo Ministério da Educação, que defende conceitos e
estabelece procedimentos para que a Educação Superior cumpra sua missão e
exerça as responsabilidades que lhe são atribuídas pela Constituição, vem de
encontro à maior necessidade da nossa região, o extremo Norte do Estado de
Minas Gerais.
Conforme os objetivos do anteprojeto de lei, em especial o
item IV do Art. 3º, que propõem a redução de desigualdades regionais, mediante
políticas e programas públicos de investimentos em ensino e pesquisa e de
formação de professores e pesquisadores, nos dá esperanças sobre a possibilidade
da instalação de uma Universidade Federal na Microrregião da Serra Geral de
Minas.
Janaúba,
cidade-pólo da Microrregião da Serra Geral de Minas, localizada no centro do Semi-Árido
Mineiro, com enormes desigualdades naturais, sofre mais ainda com as
desigualdades sociais, que na sua maior parte são impostas pela discriminação
ou pelo descaso. A universidade pleiteada atenderá 180 municípios, das regiões
Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Sudoeste da Bahia, beneficiando uma
população aproximada de 2.000.000
habitantes.
Diante da certeza do comprometimento do Governo do Estado e
da União com as causas do nosso povo, foram apresentados, ao Governo de Minas,
estudos preliminares que justificam a viabilidade e, principalmente, a
necessidade veemente do atendimento da nossa gente com o ensino superior público e gratuito.
O Governo Estadual, através da Unimontes, deverá propiciar o
ensino superior de forma a atender a demandas e funções de ensino, pesquisa e
extensão. É necessário rever e ampliar parcerias, a nível estadual, com a Secretaria de Ciência e Tecnologia, de
forma a garantir que a Unimontes cumpra a função de proporcionar o acesso
democrático de todos do Norte de Minas ao ensino superior gratuito.
Com base no Princípio
da Igualdade, que defende tratamento desigual aos desiguais, acreditamos
que esta microrregião merece ser beneficiada com uma Universidade Pública,
oportunidade oferecida pelo Programa de Reestruturação do Ensino Superior, o
que contribuirá para o Desenvolvimento Sustentável da mesorregião e aumento das
pessoas que tem acesso ao ensino superior, pois a maior parte da população não
tem condições financeiras para tal, situação que aumenta cada vez mais as
desigualdades e aumenta o número de excluídos
Objetivos e Metas
1.
O
Governo Federal e o Estadual deverão prover, até o final da década, a oferta de
educação superior para, pelo menos, 25% da faixa etária de 18 a 24 anos
2.
Instituir
programas de fomento para que as instituições de educação superior possam
oferecer cursos, capazes de possibilitar a elevação dos padrões de qualidade do
ensino, de extensão e de pesquisa.
3.
A
Unimontes deverá dinamizar o Campus de Janaúba com a criação de novos cursos
regulares de graduação, permitindo ampliação da oferta de ensino público de
nível superior e cursos diurnos e noturnos com propostas inovadoras, de cursos
seqüenciais e de cursos modulares, com a certificação, permitindo maior
formação e ampliação da oferta de ensino.
4.
O
município deverá apoiar, através de convênio, as instituições de ensino superior
na melhoria progressiva da infra-estrutura de laboratórios, equipamentos e
bibliotecas, como condição para o recredenciamento das instituições de educação
superior e renovação do reconhecimento de cursos.
5.
Estimular
a consolidação e o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa da UNIMONTES.
6.
Criar
políticas que facilitem às minorias, vítimas de discriminação, o acesso à
educação superior, através de programas de compensação de deficiências de sua
formação escolar anterior, permitindo-lhes, desta forma, competir em igualdade
de condições nos processos de seleção e admissão a esse nível de ensino.
7.
Estimular
as instituições de educação superior a constituírem programas especiais de
titulação e capacitação de docentes, desenvolvendo e consolidando a pós-graduação.
8.
Estimular
as instituições de ensino superior a identificar, na educação básica,
estudantes com altas habilidades intelectuais, nos estratos de renda mais
baixa, com vistas a oferecer bolsas de estudo e apoio ao prosseguimento dos
estudos.
9.
Financiar
bolsas e/ou transporte para os estudantes participarem de eventos técnicos e
científicos;
10.Instituir estágios remuneratórios
para estudantes de baixa renda que estão cursando a educação superior;
11.Oferecer, no máximo em 1(um) ano,
condições ideais de iluminação, segurança e transporte aos acessos às
instituições de ensino superior do município;
12.O Município deverá buscar parcerias para criação da
Universidade Federal da Microrregião da Serra Geral com sede em Janaúba.
Modalidades de Ensino
Diagnóstico
A Constituição Federal determina como um dos objetivos do
Plano Nacional de Educação a integração de ações do poder público que conduzam
à erradicação do analfabetismo ( art. 214). Trata-se de tarefa que exige uma
ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da
sociedade.
Os déficits do atendimento no ensino fundamental resultaram,
ao longo dos anos, num grande número de jovens e adultos que não tiveram acesso
ou não lograram terminar o ensino fundamental obrigatório.
Embora tenha havido progresso com relação a essa questão, o
número de analfabetos é ainda excessivo e envergonha o País: atinge 16 milhões
de brasileiros maiores de 15 anos. O analfabetismo está intimamente associado
às taxas de escolarização e ao número de crianças fora da escola.
Há uma profunda desigualdade regional na oferta de
oportunidades educacionais e a concentração de população analfabeta ou
insuficientemente escolarizada nos bolsões de pobreza existentes no País. Cerca
de 30% da população analfabeta com mais de 15 anos está localizada no Nordeste.
A Região Sudeste apresenta cerca de 8,7% de analfabetos.
Considerando os anos de escolaridade, é alto o índice de
jovens e adultos com menos de 8 anos de
escolaridade.
Embora o analfabetismo esteja concentrado nas faixas etárias
mais avançadas e as taxas tenham se reduzido, passando de 20,1% da população,
em 1991, para 15,6% em 1995, há também uma redução insuficiente do
analfabetismo ao longo do tempo. As gerações antigas não podem ser consideradas
como as únicas responsáveis pelas taxas atuais, pois pessoas entre quinze e
trinta anos em 1997 somavam cerca de 21,4% do analfabetismo total. O problema
não se resume a uma questão demográfica. Como há reposição do estoque de analfabetos,
além do fenômeno da regressão, é de se esperar que apenas a dinâmica
demográfica seja insuficiente para promover a redução em níveis razoáveis nos
próximos anos. Por isso, para acelerar a redução do analfabetismo é necessário
agir ativamente tanto sobre o estoque existente quanto sobre as futuras
gerações.
Eliminar o analfabetismo em sua origem exige que o sistema
público de ensino seja capaz de reter o contingente de alunos matriculados no
ensino fundamental. É necessário oferecer escola pública para todos adequada à
realidade onde está inserida para que seja de qualidade. Neste sentido, ela
deve ser democrática pela gestão participativa, que integre a comunidade e os
movimentos populares na construção e definição de sua identidade. Enfim, ela
deve ser autônoma, isto é, cidadã.
A I Conferência Internacional sobre Educação de Adultos
realizada na Dinamarca (1949) concebe esta como uma espécie de educação moral.
A escola não havia dado conta de formar o homem para a paz. Seria necessária
uma educação “paralela” fora da escola, uma educação continuada para jovens e
adultos cujo objetivo seria contribuir para o respeito dos direitos humanos e
para a construção de uma paz duradoura.
Depois da II Conferência Internacional sobre Educação de
Adultos realizada em Montreal (1963) , aparecem dois enfoques distintos:
educação de adultos como uma continuação da educação formal (educação
permanente) e educação de base ou comunitária.
Após a III Conferência Internacional sobre Educação de
Adultos realizada em Tóquio (1972) a educação voltou a ser entendida como
suplência da educação fundamental ( escola formal), cujo objetivo era
reintroduzir jovens e adultos, sobretudo os analfabetos, no sistema formal de
educação. Em 1985, foi realizada a IV Conferência Internacional sobre Educação
de Adultos, na cidade de Paris, que se caracterizou pela pluralidade de
conceitos. Alfabetização de adultos, pós-alfabetização, educação rural,
educação familiar, educação da mulher, educação em saúde e nutrição, educação
cooperativa, educação vocacional, educação técnica foram temas discutidos e que
implodiram o conceito de educação de adultos.
A Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em
Jomtien (Tailândia), em 1990, entendeu que a alfabetização de jovens e adultos
seria a primeira etapa da educação básica.
Até os anos 40, a educação de adultos era concebida como uma
extensão da escola formal, principalmente para a zona rural.
Na década de 50, a educação de adultos era entendida
principalmente como educação de base.
No final dos
anos 50, a educação de adultos é entendida como educação libertadora
“conscientização” (Paulo Freire) e educação funcional (profissional),
treinamento da mão-de-obra mais produtiva.
Na década de 70, essas duas correntes continuam. A primeira
entendida basicamente como educação não-formal e a segunda como suplência da
educação formal. Nessa corrente se desenvolve o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL).
A história
da educação de adultos no Brasil pode ser dividida em três períodos:
•
De 1946
a 1958 – foram realizadas grandes campanhas nacionais de iniciativa oficial
chamadas de “cruzadas” sobretudo para “erradicar o analfabetismo”, entendido
como uma “chaga”.
•
De 1958
a 1964 – em 1958 foi realizado o 2º Congresso Nacional de Educação de Adultos. Partiu
daí a idéia de um programa permanente de enfrentamento do problema da
alfabetização que desembocou no Plano Nacional de
Alfabetização, dirigido por Paulo
Freire e extinto pelo Golpe de Estado de 1964.
A partir de 1964, o governo militar insistia em campanhas
como a “Cruzada do ABC” ( Ação Básica Cristã) e posteriormente com o MOBRAL.
Em 1985, extingue-se o MOBRAL
e cria-se a Fundação Educar com objetivos mais democráticos, mas sem os
recursos de que o MOBRAL dispunha.
Em 1988, a Nova República promulga a Constituição da
República Federativa do Brasil ( estabelece um prazo de 10 anos para erradicar
o analfabetismo ).
Em 1990, é extinta a Fundação Educar.
De 1995-1999, o MEC oferta o Ensino de EJA sob forma
presencial em convênio com Secretarias de Estado da Educação, Secretarias
Municipais, Universidades e ONGs.
Em 1996, institui-se o
Programa “Alfabetização Solidária” com aprovação da LDB, assegurando
a oferta da modalidade EJA.
Em 1997, a EJA é regulamentada (LDB).
Em 2000, são definidas as Diretrizes Curriculares Nacionais
para EJA.
O município de Janaúba tem uma população de 65.837 habitantes
com uma taxa de 10 ,75% de analfabetos na faixa etária de 15 a 25 anos, que
nunca freqüentaram a escola ou que interromperam os estudos.
A história da EJA em Janaúba inicia-se com o MOBRAL, na
gestão de Donato Durães, diretor do órgão municipal de educação.
Em meados da década de 90, as turmas de EJA funcionaram em
convênio com a Fundação João Bosco (Programa de Alfabetização de Jovens e
Adultos).
Em 1998, a SME assinou convênio com SESI/FIEMG para
assessoria à EJA. Nesse ano, funcionavam 21 turmas de EJA 1º segmento e 2
turmas de EJA 2º segmento – TC 2000.
Em 2000, foi
ampliado o atendimento do Telecurso 2000, funcionando com 36 turmas, atendendo
517 alunos.
Hoje são
mais de 500 alunos que concluíram a 4ª série, 900 alunos que concluíram a 8ª
série e 500 alunos que concluíram o ensino médio.
Nos últimos cinco anos,
cerca de 3.000 alunos foram atendidos na EJA 1º segmento e 3.500 na EJA 2º segmento
Atualmente o atendimento à demanda da EJA é feito na zona
urbana e na zona rural da seguinte forma:
Dependência Administrativa |
Local de Funcionamento |
Localidade |
|
Segmento oferecido |
Estado |
CESEC |
Centro |
|
5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino Médio |
Estado |
Escola Estadual José Gorutuba |
Centro |
|
5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino Médio |
Município |
Escola Estadual Prefeito Mauricio |
Centro |
|
Alfabetização |
|
|
|
|
Projeto Cidadão Nota 10 |
|
|
|
|
1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento |
|
|
|
|
5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino médio Telecurso 2000 |
Município |
Escola Estadual Luzia Mendes |
Bairro Dente Grande |
•
•
|
Alfabetização Projeto Cidadão Nota 10 |
|
|
|
|
1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento |
|
|
|
|
5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino médio Telecurso 2000 |
Município |
Escola Estadual Diva Pinto |
Bairro Boa Vista |
•
•
|
Alfabetização Projeto Cidadão Nota 10 |
|
|
|
|
1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento |
|
|
|
|
5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino médio Telecurso 2000 |
Município |
Escola Municipal Robinson Crusoé |
Bairro Ribeirão do Ouro |
•
•
•
|
Alfabetização Projeto Cidadão Nota 10 1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento |
|
|
|
|
5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino médio Telecurso 2000 |
Município |
Escola Municipal Dr. Rockert |
Comunidade de Baixa da Colônia |
•
•
•
|
Alfabetização Projeto Cidadão Nota 10 5 ª a 8ª série |
Município |
Escola Municipal Carmélia Pires |
B a i r r o Cerâmica |
•
•
|
Alfabetização Projeto Cidadão Nota 10 |
Município |
Escola Municipal José Esteves |
Distrito de Quem-Quem |
|
1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento |
Município |
Escola Municipal Jacinto Mendes |
Distrito de Vila Nova de |
|
1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento |
|
|
Poções |
|
|
Município |
Escola Municipal Tiradentes |
Comunidade de Mandaçaia |
•
•
|
1 ª a 4ª série- EJA 1ºsegmento 5 ª a 8ª série |
|
|
|
|
Ensino médio Telecurso 2000 |
ATENDIMENTO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
Segmentos |
Ano |
Total |
Municipal |
Estadual |
Privada |
|||
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
Urbana |
Rural |
|||
Alfabetização |
2000 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
2001 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
2002 |
8 |
0 |
8 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
2003 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Fundamental |
2000 |
752 |
584 |
168 |
0 |
0 |
0 |
0 |
2001 |
660 |
577 |
83 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
2002 |
490 |
458 |
32 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
2003 |
509 |
442 |
67 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
2004 |
665 |
30 9 |
356 |
0 |
0 |
|||
Médio |
2004 |
377 |
0 |
0 |
377 |
0 |
0 |
Fonte: INEP
Diretrizes
Diante da situação em que se encontra a educação no Brasil,
Minas Gerais e Janaúba, é preciso que todos – governo e sociedade, entidades
públicas e privadas – se unam para transformá-la; pois não é mais novidade para
ninguém os sérios problemas da educação brasileira, e um deles é a imensa
quantidade de jovens e adultos analfabetos.
Para aqueles que desejam regularizar sua escolaridade, além
de habilitar-se profissionalmente e participar da reconstrução de uma sociedade
mais justa, que lhes permita viver de maneira mais digna e feliz, ainda há
tempo. Bastam ousar ou buscar uma ação inovadora e transformadora.
1 – Quem?
Jovens e adultos, numa faixa etária
predominante de 15 a 50 anos, que pouco freqüentaram a escola ou que delas
foram excluídas.
Jovens e adultos:
•
que têm
uma história, experiências e, certamente, já trabalham ou querem trabalhar;
•
com
sonhos e esperanças de melhorar de vida;
•
que
desejam ter atendidas suas necessidades básicas de educação e trabalho, sabendo
que este é o caminho para uma vida melhor.
2 – Como?
Através de uma ação educacional supletiva que faz uso da
tecnologia, do trabalho coletivo, do estudo individual, e da qualificação profissional
na busca de uma educação integrada ao processo de inclusão e desenvolvimento da
cidadania.
3 – Desejo?
Harmonia entre a realidade, a vida social e o mundo do
trabalho, numa verdadeira articulação entre os conhecimentos gerais das
diversas áreas e os conhecimentos específicos, além do profissionalizante.
4 – Proposta?
•
Conhecimentos
gerais, correspondentes ao :
- Ensino fundamental:
1ª e 2ª séries – nível I – 1º segmento
3ª e 4ª
séries - nível II – 1º segmento
5ª e 6ª
séries - nível I – 2º segmento
7ª e 8ª
séries - nível II – 2º segmento - Ensino
médio: 1º, 2º e 3º ano – nível único.
•
Conhecimentos
profissionalizantes proporcionados por um programa contínuo que permita
desenvolver competências de qualidade, produtividade, preservação ao meio
ambiente e exercício pleno da cidadania.
•
Ensino
contextualizado ao desenvolvimento de habilidades básicas.
5 – Avaliação?
Deve ser:
Participativa |
É responsabilidade de todos envolvidos na ação. |
Dinâmica e Abrangente |
Ocorre o tempo todo e vai incluindo
todas as variáveis da ação. |
Educativa |
Permite a tomada de consciência
crítica sobre o que está ocorrendo e orienta as decisões que necessitam serem
tomadas. |
6 – Atendimento
Semipresencial, modular e em classes aceleradas, com metodologia
e recursos instrucionais baseados nos interesses e disponibilidade de tempo do
público – alvo.
Assim sendo,
concluímos nossas diretrizes com os pressupostos andragógicos de Edvard
Lindeman (USA):
a)
Adultos
são motivados a aprender à medida que experimentam que suas necessidades e
interesses serão satisfeitos. Por isso esses são os pontos
mais apropriados para se iniciar a organização das atividades
de aprendizagem do adulto.
b)
A
orientação de aprendizagem do adulto está centrada na vida, por isso as medidas
apropriadas para se organizar seu programa de aprendizagem são as situações de
vida e não disciplinas.
c)
A
experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender. Por isso, o centro da
metodologia da EJA é a análise das experiências.
d)
Adultos
têm uma profunda necessidade de serem autodirigidos, por isso, o papel do
professor é engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos e não
apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avaliá-los.
e)
As
diferenças individuais entre pessoas crescem com a idade, por isso, a EJA deve
considerar as diferenças de estilo, tempo, lugar e RITMO DE APRENDIZAGEM.
Metas
“Quanto é que tu mudaste em razão e sentimento? O que deste ao mundo com o teu conhecimento?
Andréa Ramal
1. Atender, ao final de dez anos, 100%
das pessoas analfabetas do município, atendendo 10% da demanda por ano.
2. Ampliar a oferta da EJA com a
implantação nas seguintes escolas: Escola Estadual Rômulo Sales – 5ª a 8ª e
Ensino Médio; Escola Estadual Joaquim Mauricio – 5ª a 8ª e Ensino Médio; Escola
Estadual Barão de Gorutuba -5ª a 8ª e Ensino Médio; Escola Estadual Inspetor
Luis Pedro – 1ª a 4ª série; Escola Estadual Cecília Maria de Jesus – 1 ª a 4ª
série e no Projeto Irapé – 1ª a 4ª série;
3. Divulgar com maior ênfase a Educação
de Jovens e Adultos em empresas, escolas e no comércio local e estabelecer
parcerias com empresas para oferecer Educação Supletiva aos funcionários;
4. Implantar, em 2006, a EJA - 1º e 2º segmento, em unidades prisionais .
5. Adquirir TV, vídeo, copiadoras,
jogos, fonte de pesquisa para o professor, materiais diversificados
contextualizados para o pleno desenvolvimento dos alunos.
6. Avaliar 100% dos profissionais e
alunos que participam da EJA tendo como base a proposta pedagógica.
7. Estruturar um programa de gestão
democrática, promovendo parcerias entre o administrativo e o pedagógico,
incorporando as propostas da EJA no dia-a-dia da escola.
8. Reestruturar 20% do currículo,
promovendo o desenvolvimento pleno do indivíduo, incluindo a disciplina de
direito e formação para o trabalho do
ensino de 5ª a 8ª série e ensino médio.
9. Promover programa de alimentação
escolar de qualidade através da merenda, atendendo 100% da EJA com cardápio de
qualidade.
10.O Estado deverá construir, no
prazo de 2 anos, prédio para funcionamento do
Centro Estadual de Educação Continuada Padre Cleto Altoé– CESEC.
11.Oferecer cursos técnicos
profissionalizantes gratuitos para alunos que concluíram o Ensino Médio na
modalidade da EJA.
12.Remanejar
para a EJA os alunos do ensino regular
com idade defasada.
13.Garantir, através de parceria
Estado-município, a continuidade de estudos para alunos da Educação de Jovens e
Adultos
14.O Município deverá assegurar a
renovação anual do convênio com o CESEC, garantindo o seu funcionamento
intermediado pelo Estado e Município.
15.O Estado
deverá criar cursos profissionalizantes gratuitos para alunos que concluíram o
Ensino Médio na modalidade da EJA.
Diagnóstico
As pessoas com deficiência percorreram um longo caminho de
dor, abandono, maus-tratos e toda sorte de negligência e exclusão social.
Até o século XV, na Roma Antiga, crianças que nasciam com
deformidades eram jogadas em esgotos. Em Esparta, crianças com deficiência eram
abandonadas e expostas à morte por negligência e inanição. Não havia
explicações para a deficiência e até que a ciência conseguisse explicá-la sob
um enfoque médico as pessoas com deficiência continuaram a ser vistas de forma
mística e sobrenatural.
A partir do século XVI, as pessoas com deficiência deixam de
ser vistas sob uma ótica sobrenatural e passam a ser vistas através de uma
ótica médica, embora as causas da deficiência tivessem ainda atribuições
sobrenaturais.
Somente entre os séculos XVII e XVIII, com o advento das
ciências, as pessoas com deficiência passaram a ser vistas sob uma ótica
científica. As explicações eram médicas e buscava-se a todo custo uma causa e a
definição de padrões de funcionamento para cada categoria de deficiência
estudada. O Modelo Organicista – que explica a problemática da deficiência
somente pelo viés médico – trouxe avanços importantes, mas limitou todas as
ações relativas às pessoas com deficiência a ações de tratamento
médico-clínico, privando-as da participação nos processos educacionais a que
todos tinham direito. As pessoas com deficiência passaram a carregar consigo a
marca do defeito, da degeneração humana, daqueles seres que deveriam ser
castrados e isolados para que não procriassem e multiplicassem assim suas
sementes defeituosas.
É na França
que o médico Jean Marc Gaspard Itard (1774-1838) começa a desenvolver os
princípios educacionais para as pessoas com deficiência e inaugura os
primórdios da educação especial.
Maria Montessori, médica italiana (1870-1956) aprimorou os
processos educacionais criados por Itard. Seus trabalhos e suas idéias sobre a
educação de pessoas com deficiência foram trazidos para o Brasil através da
professora Helena Antipoff, fundadora do Instituto Pestalozzi de Belo Horizonte
em 1932.
O século XX se inicia com toda uma herança de mitos,
preconceitos e desvalorização das pessoas com deficiência. Ações isoladas
demonstram o interesse de médicos e educadores para com as pessoas com
deficiência e elas atingem o status de cidadãos, com direitos e deveres, mas de
forma assistencialista e caritativa, com a proposta de educá-los, prepará-los
para o trabalho e para o convívio social.
Através de iniciativas privadas, por parte de movimentos
católicos, movimentos de pais, familiares e educadores, começam a surgir no
Brasil várias instituições destinadas à educação de surdos, cegos, deficientes
físicos e mentais.
O Instituto Pestalozzi teve a sua primeira sede criada em
1926 e era especializado no atendimento a pessoas com deficiência mental.
Em 1954, foi fundada a primeira APAE, com sede no Rio de
Janeiro.
Somente no final da década de 50, no Brasil, começaram a
aparecer iniciativas governamentais, em nível nacional, relacionadas à educação
de pessoas com deficiência. Tais iniciativas eram estimuladas e fomentadas por
movimentos como os da Sociedade Pestalozzi e APAE.
Em 1961, a educação especial ganha força e aparece pela
primeira vez na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, apontando que a educação
das pessoas com deficiência deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema
geral de educação. Mas, até a década de 70, todos os Modelos Educacionais
voltados para pessoas com deficiência tinham orientação segregadora e a
educação especial era compreendida como um sistema isolado do sistema de ensino
comum e assim milhares de instituições de Ensino Especial se espalharam pelo
mundo.
Nas décadas de 70 e 80, avança-se para o Modelo Integrador,
no qual, após alguns anos de estudos em escolas especiais, pessoas com
deficiência, que atingissem a normalização,
eram encaminhadas ao sistema comum de ensino.
O ano de 1981 é declarado pela ONU como o Ano Internacional
da Pessoa Deficiente.
Em 1985, a Assembléia Geral das Nações Unidas lança o
Programa de Ação Mundial para Pessoas Deficientes, que recomenda o ensino de
pessoas com deficiência dentro do sistema escolar comum.
Em 1990, em Jontien, Tailândia, é realizada a Conferência
Mundial de Educação Para Todos e estabelece que as necessidades básicas sejam
oferecidas a todos pela universalização do acesso, promoção da igualdade de
oportunidades, ampliação dos meios e conteúdos da educação básica e melhoria do
ambiente de estudo.
Em 1994, na
Espanha, dirigentes de mais de oitenta países assinaram a Declaração de
Salamanca,
um dos mais importantes documentos de garantia de direitos educacionais.
Ela proclama as escolas regulares inclusivas como o meio mais
eficaz de combate à discriminação e determina que as escolas devem acolher
todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais,
sociais, emocionais ou lingüísticas.
O Brasil, ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para
Todos e ao demonstrar consonância com a Declaração de Salamanca, fez uma opção
por ter um sistema educacional inclusivo devendo, portanto, oferecer acesso,
equiparação de oportunidades e qualidade de ensino a TODOS.
A LDB de 1996 traz uma nova conceituação de educação especial
e do alunado com necessidades educativas especiais, valorizando o papel e a
formação dos profissionais da educação e o incentivo pelo poder público, para a
formação desses profissionais. Esses aspectos serão regulamentados em 2001
pelas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica e são
delineados novos contornos e perfis da educação especial no Brasil.
A Educação Especial passa a ser uma modalidade de ensino na
educação básica e não um sistema paralelo ao sistema educacional comum.
Em Janaúba, no ano de 1992, foi fundada a Associação de Pais
e Amigos dos Excepcionais de Janaúba – APAE e criada a E.M. “Profª Marina
Cordeiro” que iniciou atendendo 40 alunos com deficiência. Até então, as
pessoas com deficiência não freqüentavam escolas, salvo em alguns casos em que
elas estudavam em outros municípios. Pessoas com deficiências menos acentuadas freqüentavam salas
especiais, que funcionavam em escolas comuns.
A APAE de Janaúba iniciou no município a discussão sobre a
inclusão das pessoas com deficiência, promovendo alguns debates e seminários e
encaminhando alunos para as escolas de ensino comum. Hoje possui 224 alunos nas
escolas especiais: Escola Municipal de Ensino Especial Professora Marina
Cordeiro e Escola de Ensino Especial da APAE de Janaúba, sendo 6 alunos cegos,
7 com baixa visão, 7 com deficiência física, 14 alunos com deficiência
auditiva, 133 alunos com deficiência mental, 37 com deficiência múltipla e 20
alunos com condutas típicas. A APAE possui 2 Salas de Recursos – para pessoas
com deficiência visual e para pessoas com deficiência auditiva e acompanha 23
pessoas incluídas nas escolas de ensino comum.
ATENDIMENTO
DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS POR TIPO DE
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
Deficiência Mental |
Municipal |
73 |
95 |
109 |
110 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Deficiência Múltipla |
Municipal |
22 |
32 |
40 |
40 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Portadores de Condutas Típicas |
Municipal |
0 |
11 |
0 |
0 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Outros |
Municipal |
0 |
0 |
0 |
24 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
TOTAL |
|
116 |
177 |
174 |
197 |
Fonte: MEC/INEP
ATENDIMENTO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Tipo de Ensino |
Dependência Administrativa |
1999 |
2000 |
2001 |
2002 |
Creche |
Municipal |
37 |
39 |
25 |
22 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Pré-escola |
Municipal |
21 |
40 |
24 |
32 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Ensino Fundamental |
Municipal |
24 |
98 |
125 |
78 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
EJA |
Municipal |
34 |
0 |
0 |
65 |
Estadual |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
Particular |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
TOTAL |
|
116 |
177 |
174 |
197 |
Fonte: MEC/INEP
Em 2003, a Escola Estadual Professora Nhá Gui Azevedo passou
a ser a Escola Piloto da Educação Inclusiva em Janaúba - programa do governo
estadual - e iniciou o processo de sensibilização e capacitação de seus
educadores.
Algumas escolas da rede comum de ensino atendem alunos com
deficiência, mas seguindo ainda o Modelo
Integrador e raramente o Modelo
Inclusivo, em que teriam de fazer adequações para atenderem as necessidades
educacionais e possibilitarem um ensino de qualidade para essas pessoas.
No ano de
2004, o Prefeito Municipal de Janaúba, Sr Ivonei Abade Brito, aderiu ao
Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade e firmou compromisso com o
MEC de tornar o Sistema Educacional de Janaúba Inclusivo.
DIRETRIZES
Assegurar a todos a igualdade de condições para o acesso e a
permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação, é um princípio que
está na nossa Constituição desde 1988.
Entende-se por educação especial o processo educacional
definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços
educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades
educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação.
A educação especial deixa de ser o lugar para onde convergem
as pessoas com deficiência e passa a ser o meio através do qual alunos com
necessidades educacionais especiais encontram apoio para obterem sucesso em seu
percurso escolar. Deixa também de ser competência restrita das Instituições de
Ensino Especial e passa a ser necessidade e obrigação de todo e qualquer
estabelecimento de ensino onde haja um educando com necessidades educacionais
especiais.
Amplia-se também o conceito de necessidades educacionais
especiais, que deixa de estar ligado exclusivamente à deficiência e passa a ser
entendido como dificuldades acentuadas de aprendizagem – ou limitação no
processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades
curriculares -, dificuldades de comunicação e sinalização, diferenciadas dos
demais alunos, e altas habilidades.
As necessidades educacionais especiais passam a não se
relacionar somente à existência de deficiências e fatores orgânicos, mas também
a fatores ambientais, sócio-culturais e familiares, que dificultem ou impeçam o
sucesso escolar do educando.
As inadequações dos processos educacionais dos alunos
tornam-se fatores dificultadores da aprendizagem, tendo as escolas de se
adequarem para atender às demandas e necessidades educacionais dos educandos. O
respeito à diversidade, às diferenças e à atenção às necessidades educacionais
de cada aluno passa a ser premissa básica da educação inclusiva.
As parcerias da escola com as famílias, com as instituições
de educação especial, órgãos de assistência social, saúde e poder judiciário
são instrumentos facilitadores de aquisição de tecnologia, capacitação de
recursos humanos, aprendizado de novas metodologias, bem como da garantia da
freqüência do aluno e do maior conhecimento de sua história de vida e do
acompanhamento do seu estado de saúde.
Quanto mais
cedo se iniciar a intervenção educacional das pessoas com necessidades
educacionais especiais, mais eficaz ela se tornará no decorrer dos anos,
produzindo efeitos mais profundos sobre o desenvolvimento das crianças. Por
isso, o atendimento deve começar precocemente, inclusive como forma preventiva.
Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um
setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais
e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da
educação inclusiva.
O município e o Estado devem assegurar uma equipe de
especialistas para dar suporte às escolas, com alunos com necessidades
educacionais especiais. Devem comprometer-se com a formação de recursos humanos
com capacidade de oferecer o atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais em todos os níveis da educação escolar.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos,
cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para
uma educação de qualidade para todos.
Os sistemas de ensino devem conhecer a demanda real de alunos
com necessidades educacionais especiais, mediante a criação de sistemas de
informação.
Os sistemas de ensino devem assegurar a acessibilidade aos
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, mediante a
eliminação de barreiras arquitetônicas na edificação, com instalações,
equipamentos e mobiliário adequados, como também acesso aos transportes
escolares, bem como barreiras nas comunicações, provendo as escolas dos
recursos humanos e materiais necessários.
O atendimento educacional dos alunos com deficiências e
condutas típicas na escola especial terá caráter transitório e somente os
alunos que apresentarem níveis maiores de comprometimento é que deverão ter sua
escolarização restrita à escola especializada. As escolas de educação especial
do município devem continuar a receber apoio do poder público, pois representam
um importante fator para o sucesso da inclusão escolar, visto que podem subsidiar
técnica e teoricamente as escolas comuns no atendimento aos alunos com
deficiências e condutas típicas, visando a apoiar o processo de desenvolvimento
e aprendizagem nas atividades escolares, além de ajudar o professor a definir
objetivos específicos para cada aluno e estabelecer formas alternativas de
atuação junto a essa clientela.
Metas
1- Organizar em todo o município, em parceria
com as áreas de saúde e assistência social, programas destinados a ampliar a
oferta da estimulação precoce ( interação educativa adequada ) para as crianças
com necessidades educacionais especiais. 2- Generalizar, em
cinco anos, como parte dos programas de Formação em Serviço, a oferta de cursos
sobre o atendimento a educandos especiais para os professores em exercício nos
diversos níveis e modalidades de ensino.
3- Assegurar
o atendimento de todos os alunos com necessidades especiais, para que tenham
acesso e permanência com qualidade nos diversos níveis e modalidades de ensino.
4-
O
Estado e o Município deverão constituir e fazer funcionar um setor responsável
pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que
viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.
5-
O poder
público deve tornar disponíveis, dentro de cinco anos, livros didáticos
falados, em Braille e em caracteres ampliados para todos os alunos cegos e para
os de visão subnormal do Ensino Fundamental.
6- O Estado
e o Município deverão estabelecer programas para equipar, em cinco anos, as
escolas de educação básica, e de educação superior que atendam educandos surdos
e aos de visão sub-normal com equipamentos que facilitem a aprendizagem de
todas as pessoas com deficiência.
7- O Poder público deverá implantar, em cinco
anos, e generalizar em até dez anos, o ensino
da Língua de Sinais Brasileira para alunos surdos, para seus familiares e
comunidade escolar.
8Estabelecer,
no primeiro ano de vigência deste plano, os padrões mínimos de infraestrutura
para atendimento dos alunos com necessidades educacionais especiais. 9-
Adaptar, em cinco anos, os prédios escolares existentes, segundo os padrões de
acessibilidade.
10-
Definir,
em conjunto com as entidades da área, nos dois primeiros anos de vigência deste
plano, indicadores básicos de qualidade para o funcionamento de instituições da
rede pública e privada.
11-
O
Estado e município deverão fornecer equipamentos de informática e softwares
como apoio à aprendizagem do educando com necessidades educacionais especiais,
inclusive através de parceria com organizações da sociedade civil.
12-
Assegurar,
durante a década, transporte coletivo, inclusive escolar, com as adaptações
necessárias aos alunos que apresentem dificuldades de locomoção. 13- Assegurar a inclusão, no Projeto Pedagógico
das unidades escolares, do atendimento às necessidades educacionais especiais
de seus alunos, definindo os recursos disponíveis e oferecendo formação em
exercício aos profissionais.
14-
O
Estado garantirá o apoio didático-pedagógico, ao município e escolas estaduais
na implantação da educação inclusiva.
15-
Articular
as ações da educação especial e estabelecer mecanismos de cooperação com a
política de educação para o trabalho, em parceria com organizações
governamentais e não-governamentais, para o desenvolvimento do programa de
qualificação profissional para alunos com necessidades educacionais especiais.
16-
Incluir
nos currículos de formação de professores, nos níveis médio e superior,
conteúdos e disciplinas específicas para a capacitação ao atendimento dos
alunos com necessidades educacionais especiais.
17-
Flexibilizar
e adaptar os currículos que considerem o significado prático e instrumental dos
conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e
processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da
escola.
18-
O
município e Estado deverão assegurar recursos destinados ao atendimento das
necessidades dos alunos (equipamentos, cadeiras de roda, mobiliário adequado,
intérprete, etc. ), sala de recursos, professores itinerantes e apoio
pedagógico.
19-
Estabelecer
um sistema de informações completas e fidedignas sobre a população a ser
atendida pela educação especial, a serem coletadas pelo censo educacional e
pelos censos populacionais.
20-
O
município deverá assegurar a continuidade do apoio técnico e financeiro à APAE, através de convênio.
21-
Implantar,
em todo o município, uma ampla campanha de divulgação e sensibilização da
Educação Inclusiva em todos os níveis da sociedade.
22-Estabelecer
rede de apoio com as diversas instituições da sociedade: saúde, segurança,
ministério público, secretaria de ação social.
23-
Montar
na biblioteca pública municipal um acervo de literatura específica sobre
educação especial, favorecendo aos professores acesso a todas informações
necessárias para o bom atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais.
24-
Estruturar,
na Biblioteca Pública Municipal, um acervo para alunos com necessidades
especiais, contendo livros em braille, libras, material áudio-visual e outros
que atendam as demandas das pessoas com deficiência.
25-
As
Secretarias de Educação, tanto municipal quanto estadual, deverão dar autonomia
aos gestores de escolas municipais de ensino especial, em definir junto à sua
equipe pedagógica os profissionais com formação definida pela legislação
vigente.
26-
Nos
primeiros cinco anos de vigência deste plano, avaliar e redimensionar conforme
as necessidades da clientela, buscando alternativas pedagógicas recomendadas,
de forma a favorecer e apoiar a inclusão dos educandos com necessidades
especiais em classes comuns.
27-
Incluir
a Campanha de Prevenção de Deficiências no calendário oficial da Secretaria
Municipal de Educação, com dotação orçamentária para realização da mesma.
28-
Reduzir
o número de alunos nas turmas de ensino regular que têm alunos com necessidades
especiais, sendo que em cada aluno incluído deverá reduzir alunos na turma.
Magistério da Educação Básica
"Bendito, bendito é aquele que
semeia livros, livros a mão cheia e manda o povo pensar; o livro caindo na alma,
é germe que faz a palma, é chuva que faz o
mar."
Castro Alves, poeta baiano,
Diagnóstico
Tanto na bibliografia corrente quanto nos diversos planos
educacionais, um dos temas que tem suscitado maior atenção na abordagem do
problema da qualidade do ensino é o da docência. Seja da ótica dos aspectos que
apontariam os possíveis determinantes da prática eficiente do professor - nível
de escolarização, formação, treinamento, experiência, etc.-, seja do ponto de
vista meramente quantitativo -número de professores, relação professor/aluno,
etc. -, grande parte das discussões
sobre a qualidade educacional centra-se no tema da docência. Essa
centralidade atribuída ao professor pode
ser explicada por dois motivos básicos:
1.
por ser
considerado o elo fundamental do processo educativo, portador da
“intencionalidade” pedagógica do sistema; e
2.
por
representar aproximadamente 70% do total dos custos de manutenção do ensino
fundamental.
O debate
sobre as possíveis relações entre a qualidade da docência e os resultados do
ensino é relativamente antigo, com uma grande massa de estudos que se concentra
especialmente na segunda metade da década de 60 e na década de 70.
Em
pesquisas realizadas, há melhoria do desempenho dos alunos à medida que cresce
a escolarização do professor (tanto em níveis de escolarização quanto em anos
de estudo). Tanto a certificação pedagógica quanto a pós-graduação apresentam
resultados oscilantes.
A melhoria
da qualidade de ensino somente poderá ser alcançada mediante a valorização do magistério que
implica a formação profissional inicial, as condições de trabalho, salário e
carreira e a formação continuada.
No
município de Janaúba foram intensificados os projetos de capacitação, principalmente
depois que o município passou a sediar a Superintendência Regional de Ensino. A
Secretaria Municipal de Educação já tem no nosso quadro de pessoal a maioria
dos seus educadores graduados, desenvolve um programa sistemático de
capacitação e treinamento e a Rede Particular de Ensino preocupa-se
intensamente com a formação profissional de seus funcionários.
No município foram implementadas experiências significativas
e inovadoras no campo da formação docente. Houve uma ampla articulação entre as
esferas governamentais na formação do professor , foram oferecidos cursos de
graduação de forma emergencial, ressaltando o alcance e eficiência do Projeto
Veredas. Apesar do empenho do poder
público, das funções docentes, apenas 16% dos professores municipais e 65% dos
professores estaduais da educação básica possuem curso superior completo. Esses
dados são comprometedores para uma educação de qualidade, pois diante das
constantes mudanças e exigências do mundo atual é fundamental que os
profissionais da educação sejam altamente qualificados
NÚMERO GERAL DE DOCENTES ATUANDO, POR NÍVEL E MODALIDADE, EM TODAS AS REDES DE ENSINO/2004 – MUNICÍPIO DE JANAÚBA
Funções |
|
Redes |
|
Total |
|
Estadual |
Municipal |
Particular |
Federal |
||
Creche |
- |
54 |
19 |
- |
73 |
Pré-escola |
- |
114 |
55 |
- |
169 |
Ensino Fundamental Séries Iniciais |
194 |
154 |
38 |
- |
386 |
Ensino Fundamental Séries Finais |
235 |
90 |
58 |
- |
383 |
Educação Especial |
- |
20 |
18 |
- |
38 |
EJA |
12 |
11 |
- |
- |
23 |
Ensino Médio |
101 |
- |
46 |
- |
147 |
Ensino Superior |
- |
- |
- |
- |
- |
Total |
542 |
443 |
234 |
- |
1.219 |
Fonte: SER – Janaúba
NÚMERO DE DOCENTES NA EDUCAÇÃO BÁSICA, POR GRAU DE FORMAÇÃO, ATUANDO EM TODAS AS REDES DE ENSINO/2004– MUNICÍPIO DE JANAÚBA
Formação |
Redes |
Total |
|||
Estadual |
Municipal |
Particular |
Federal |
||
Ensino Fundamental |
- |
8 |
1 |
- |
9 |
Ensino Médio Magistério |
150 |
352 |
118 |
- |
620 |
Ensino Médio Outro |
10 |
12 |
13 |
- |
35 |
Curso de Graduação Licenciatura |
354 |
70 |
95 |
- |
519 |
Curso de Graduação Outro |
30 |
1 |
7 |
- |
38 |
Pós-graduação Especialização |
- |
- |
- |
- |
- |
Pós-graduação Mestrado |
- |
- |
- |
- |
- |
Pós-graduação Doutorado |
- |
- |
- |
- |
- |
Total |
544 |
443 |
234 |
- |
1.221 |
Fonte: SRE–Janaúba
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ATUANDO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
DA REDE ESTADUAL DE ENSINO/2004 – MUNICÍPIO DE JANAÚBA
Profissionais |
|
|
Formação |
Total |
|||||
Fund |
Médio |
Superior |
Pós-graduação |
||||||
Mag. |
Outro |
Mag. |
Outro |
Esp. |
Mest. |
Dout. |
|||
Diretor |
- |
3 |
- |
14 |
- |
- |
- |
- |
17 |
Vice-diretor |
- |
1 |
- |
16 |
- |
- |
- |
- |
17 |
Supervisor |
- |
- |
- |
26 |
- |
- |
- |
- |
26 |
Orientador |
- |
- |
- |
6 |
- |
- |
- |
- |
6 |
Secretários |
- |
83 |
- |
6 |
- |
- |
- |
- |
89 |
Bibliotecários |
- |
1 |
- |
1 |
- |
- |
- |
- |
2 |
Aux. Serv. Gerais |
106 |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
- |
106 |
Total |
106 |
88 |
- |
69 |
- |
- |
- |
- |
263 |
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ATUANDO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO/2004
Profissionais |
|
Formação |
Total |
|||||||
Fund |
Médio |
Superior |
Pós-graduação |
|||||||
Inc. |
Comp |
Mag. |
Outro |
Mag. |
Outro |
Esp. |
Mest. |
Dout. |
||
Diretor |
0 |
0 |
10 |
0 |
5 |
1 |
0 |
0 |
0 |
16 |
Vice-diretor |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
Supervisor |
0 |
0 |
0 |
0 |
6 |
0 |
4 |
0 |
0 |
10 |
Orientador |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
Aux.Secretaria |
0 |
0 |
6 |
1 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
7 |
Aux.Biblioteca |
1 |
2 |
6 |
2 |
12 |
0 |
0 |
0 |
0 |
23 |
Aux. Serv. Gerais |
86 |
48 |
2 |
36 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
172 |
Total |
87 |
50 |
24 |
39 |
23 |
1 |
4 |
0 |
0 |
228 |
A
municipalidade ainda não estruturou o Plano de Cargos e Salários do Magistério,
o que vem gerando um grande desinteresse da classe, principalmente em buscar
novos investimentos em sua formação profissional.
No Estado,
a formação dos profissionais de ensino médio não acontece de forma sistemática
e sim de forma fragmentada, são programas estanques, variando a cada novo
governo. Muitos profissionais não valorizam os projetos de atualização
existentes e não havendo mudanças na prática pedagógica, o aprendido não é
aplicado. Os educadores não investem em
sua formação continuada, devido aos baixos salários. Existe uma
centralização de muitos cursos em Belo Horizonte.
Os professores de ensino da rede
estadual se sentem como uma classe desvalorizada e desunida, com baixos
salários, gerando desmotivação e falta de comprometimento.
Diretrizes
As
políticas oficiais brasileiras estabeleceram, no que se refere à formação de
professores, a formação superior em cursos de licenciatura plena para o
exercício da docência na educação básica. A LDB no seu art. 87, definiu também
que “até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores
habilitados ou formados por treinamento em serviço”.
A base legal constituída aponta para um amplo sistema de
formação continuada de professores que possa colaborar na qualificação
pedagógica da ação docente tendo em vista garantir uma aprendizagem efetiva
condizente com os fins da educação escolar e com o efetivo direito à educação e
à escola de qualidade.
O gestor
municipal precisa assumir o compromisso com a valorização do magistério,
implicando a formação profissional do educador; um sistema de educação
continuada do magistério; jornada de trabalho organizada de acordo com a
jornada dos alunos; salário condigno, competitivo, no mercado de trabalho, com
outras ocupações que requerem nível equivalente de formação; compromisso social
e político do magistério; ingresso na carreira através de concurso público e
estabelecimento do Plano de Carreira do magistério.
Metas
1.
Valorizar
os trabalhadores em educação, promovendo parceria com universidades para
habilitação superior de 80% dos
professores efetivos e contratados que estão em serviço.
2.
Estabelecer
um programa municipal de formação dos profissionais de Educação Infantil, com a
colaboração da união e do estado, inclusive das universidades e institutos superiores de educação e organizações não governamentais, que realize
as seguintes metas:
•
que em
cinco anos, todos os dirigente de instituições de educação infantil possuam
formação apropriada de nível superior;
•
que
todos os professores a partir do vigoramento deste plano tenham habilitação
específica de nível médio (normal) e, em 10 anos, 100% tenham formação
específica de nível superior;
•
a
partir da vigência deste plano somente admitir novos profissionais na educação
Infantil que possuam a titulação mínima em nível médio, modalidade normal,
dando preferência à admissão de profissionais graduados em curso específico
superior;
•
no
prazo máximo de três anos, a contar do início deste plano, colocar em execução programa de
formação em serviço, no município, preferencialmente em articulação com
instituições de ensino superior, com a cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, para a atualização permanente e o aprofundamento dos conhecimentos
dos profissionais que atuam na educação;
3.
Implantar,
nos seis meses seguintes, o Plano de
Carreira do Magistério proporcionando aos profissionais da Educação direitos e meios dignos de
trabalho.
4.
Implantar
curso presencial e a distância sobre avaliação para educadores.
5.
Reajuste
salarial em 100% da defasagem em um ano.
6.
O
Estado viabilizará a implantação de Cursos de Especialização, Mestrado e /ou
Doutorado na região de forma gratuita para os professores.
7.
Implantar
programas de treinamento contínuo, em que a Secretaria de Estado da Educação
deverá descentralizar os eventos.
8.
Criar e
dinamizar os Grupos de Desenvolvimento Profissional.
9.
Avaliar
os profissionais de ensino visando a melhoria da qualidade de ensino.
10.Capacitar e treinar os professores
de todos os níveis e modalidades de ensino para o desenvolvimento eficaz do
currículo.
11.O Estado garantirá a habilitação
de professores em Física, Química, Biologia e Matemática para o Ensino Médio e
Ensino Fundamental, através do Veredas II, a partir do 2º semestre de 2006.
Poderão fazer o vestibular os professores efetivos do Estado para obter 2ª
habilitação e candidatos ainda não habilitados que pretendem ingressar na rede
pública de ensino.
12.O Estado instalará o Centro de
Referência Virtual do Professor (CRV), para apoio e orientação aos educadores,
a ser acessado gratuitamente pelos profissionais das redes estadual e municipal
(a partir de outubro de 2005).
13. Capacitar sistematicamente todos os profissionais da
escola de forma presencial e a distância.
14.Criar e
implantar o Centro Municipal de Referência do Professor.
15.Desenvolver
projetos de resgate da auto-estima do profissional de educação.
16.Oferecer aos profissionais da
educação salários que possibilitem aos mesmos investir em uma formação
continuada e de qualidade.
17.Implantar programa de incentivo
salarial aos educadores que desenvolverem projetos de destaque e inéditos.
18.O município deverá realizar, em
2006, concurso público para preenchimento das vagas existentes e regularizar a
situação dos funcionários efetivos que concluíram a sua formação acadêmica.
19.Garantir
auxílio transporte para profissionais da rede pública que trabalham na zona
rural.
Financiamento e Gestão
Diagnóstico
Para que o município possa eleger a educação como uma das
suas maiores prioridades, conhecendo o grau de compromisso orçamentário com a
educação pelo município, é necessário observar o estabelecido na Lei nº
4.320/64, que institui normas gerais do direito financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal e as respectivas atualizações que oferecem orientação - a Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101 de
01/05/00, e a Lei do Fundef nº 9424/96.
O estabelecimento de um
plano de metas exige uma definição de custos e a identificação dos recursos disponíveis e
das estratégias para sua ampliação, seja por meio de uma gestão mais eficiente,
seja por meio de criação de novas fontes, a partir da constatação da
necessidade de maior investimento. Os percentuais constitucionalmente
vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino devem representar o
ponto de partida para a formulação e implementação de metas educacionais.
Financiamento
e gestão estão estritamente ligados. A
transparência da gestão de recursos financeiros e o exercício do controle
social permitirão garantir a efetiva aplicação dos recursos destinados à
educação. A parceria entre a Secretaria Municipal de Planejamento e Secretaria
Municipal de Educação é fundamental na gestão eficaz dos recursos educacionais.
A receita vinculada à manutenção e
desenvolvimento do ensino, no nível municipal, cobre tão somente as despesas de
manutenção não sendo possível disponibilizar recursos para investimentos e
desenvolvimento do ensino. Vejamos as seguintes tabelas:
DADOS FINANCEIROS DO MUNICÍPIO /2004
ITENS |
VALORES(R$) |
Receita Municipal (correntes) |
16.981.566,62 |
Educação (25%) |
4.245.391,65 |
Aplicado: ( 28,72%) |
4.877.272,30 |
FUNDEF (foi para o fundo Estadual) |
2.061.199,20 |
FUNDEF (retorno para o município) |
3.621.027,10 |
Complementação Conta FUNDEF |
1.559.827,90 |
Custo/aluno/ano (7287 alunos) |
669,31 |
Custo/aluno/mês |
55 , 77 |
TRANSPORTE
ESCOLAR: ALUNOS TRANSPORTADOS POR ZONA E REDE/2004
ZONA |
REDE ESTADUAL |
REDE MUNICIPAL |
CUSTO MÉDIO MENSAL |
CUSTO ANUAL |
Urbana |
0 |
0 |
|
|
Rural |
85 |
598 |
|
|
Total |
|
|
|
|
Custo por aluno |
|
|
|
|
Prefeitura Municipal de Janaúba DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS |
|||||||||
DESPESAS/INVESTIMENTOS |
Elemento |
2.002 |
2.003 |
2.004 |
2.005 |
||||
Orçado |
Executado |
Orçado |
Executado |
Orçado |
Executado |
Orçado |
Executado |
||
DESPESAS CORRENTES |
300000.00 |
4.900.700 |
4.831.003 |
6.908.100 |
5.953.834 |
7.940.200 |
6.926.640 |
7.110.965 |
4.357.643 |
Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil |
319011.01 |
3.484.600 |
3.069.749 |
4.439.400 |
3.870.210 |
5.067.900 |
4.572.527 |
4.249.600 |
2.116.601 |
Secretariado |
319011.04 |
34.900 |
36.002 |
35.000 |
22.299 |
47.600 |
29.352 |
47.200 |
21.308 |
Obrigações Patronais |
319013.00 |
433.500 |
706.754 |
1.285.200 |
1.052.124 |
622.900 |
946.410 |
1.049.900 |
179.440 |
Subvenções Sociais |
335043.00 |
59.500 |
|
15.400 |
|
16.000 |
|
17.600 |
341.000 |
Diárias - Civil |
339014.00 |
63.200 |
23.279 |
75.500 |
23.135 |
36.300 |
26.150 |
31.800 |
14.290 |
Material de Consumo |
339030.00 |
508.600 |
582.646 |
596.100 |
677.964 |
1.428.400 |
873.570 |
1.017.165 |
1.128.018 |
Prem Culturais, Artíst., Desportivas e Outras |
339031.00 |
|
|
|
|
8.500 |
27 |
8.300 |
|
Material de Distribuição Gratuita |
339032.00 |
51.800 |
469 |
40.700 |
|
17.000 |
|
9.600 |
|
Passagens e Despesas com Locomoção |
339033.00 |
56.500 |
6.710 |
67.000 |
3.142 |
11.100 |
3.563 |
9.100 |
3.545 |
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física |
339036.00 |
68.500 |
56.747 |
56.100 |
48.540 |
74.500 |
23.015 |
57.900 |
39.049 |
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica |
339039.00 |
139.600 |
348.647 |
296.700 |
255.988 |
609.000 |
433.979 |
608.900 |
512.527 |
Indenizações e Restituições |
339093.00 |
|
|
1.000 |
432 |
1.000 |
18.047 |
3.900 |
1.865 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
DESPESAS DE CAPITAL |
400000.00 |
251.000 |
292.034 |
1.097.800 |
19.050 |
1.031.400 |
521.689 |
460.500 |
322.987 |
Obras e Instalações - D. Público |
449051.01 |
186.000 |
240.274 |
1.055.800 |
|
434.400 |
146.299 |
161.800 |
114.422 |
Obras e Instalações - D. Patrimonial |
449051.02 |
6.000 |
|
|
|
11.000 |
51.506 |
231.100 |
187.102 |
Equip. e Material Permanente - D. Público |
449052.01 |
|
|
|
|
560.000 |
|
40.000 |
|
Equip. e Material Permanente - D. Patrimonial |
449052.02 |
59.000 |
51.760 |
42.000 |
19.050 |
26.000 |
323.884 |
27.600 |
21.463 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Total |
|
5.151.700 |
5.123.037 |
8.005.900 |
5.972.884 |
8.971.600 |
7.448.329 |
7.571.465 |
4.680.630 |
Diretrizes
A elaboração do orçamento anual da Secretaria Municipal de
Educação deverá ser efetuada tendo como referência as políticas públicas e os
respectivos projetos e programas estruturantes da Secretaria.
A proposta orçamentária anual deverá estar em sintonia com o
Plano Plurianual do município e distinguir uma rubrica para que sejam efetuados
repasses de recursos financeiros diretamente para as escolas, uma rubrica
própria para as aplicações de recursos em ações de desenvolvimento
profissional, abrangendo a manutenção de um Centro de Referência do Professor e
a oferta de cursos, seminários, capacitações
e a contratação de estudos e pesquisas aplicados à educação básica do
município.
A rede
municipal de ensino deverá priorizar os gastos com a educação infantil e ensino
fundamental conforme previsto na LDB.
Metas
1. Aplicar gradualmente mais recursos do
orçamento anual em ações de desenvolvimento profissional, até alcançar, em dez
anos, o percentual de 15% do mínimo constitucional de 25% ou 3,75% do orçamento
global da Prefeitura, incluindo nesses recursos o dinheiro repassado
diretamente às escolas para o desenvolvimento de projetos de inovações
educacionais e manutenção da escola, a manutenção do Centro de Referência do
Professor, cursos e seminários, de acordo com a necessidade da demanda, a
implementação de projetos escolares de inovações educacionais e a contratação
de estudos e pesquisas.
2. Transferir às escolas recursos para
custeio de projetos de inovações educacionais e manutenção da escola, a contar
do primeiro ano deste plano, tendo como referência a estimativa de uma per
capita aluno. Os recursos transferidos às escolas deverão ser gerenciados
diretamente pelo conselho da escola-autora, que disso deverá fazer prestação de
contas específica.
3. Estabelecer parceria com o Estado e a
União para custear projetos de capacitação
e aquisição de bens móveis.
4. Integrar ações e recursos técnicos,
administrativos e financeiros da Secretaria Municipal de Educação e outras
secretarias e instâncias administrativas.
5. Garantir a prioridade ao ensino
fundamental e educação infantil, para promoção
de sua qualidade, com manutenção dos recursos atualmente a ele
subvinculados.
6. Firmar convênio com o Estado para
manutenção do transporte de alunos da rede estadual de ensino.
7. Negociar com o Estado, a partir do primeiro ano de vigência deste
PME, a ampliação do Programa de
Transporte Escolar e a revisão do valor
“per capita“ repassado ao Município, com critérios estabelecidos e
definidos em Lei específica.
8. O Estado deverá garantir a manutenção
total do Ensino Médio, conforme a lei determina.
9. O Estado deverá financiar a ampliação
da oferta de vagas do ensino superior, através da UNIMONTES.
10.Garantir entre as metas dos Planos
Plurianuais do Estado e Município a vigir no interregno de dez anos, o suporte
financeiro às metas constantes neste Plano Municipal de Educação.
11.Garantir, após vigência deste PME,
a realização semestral de reunião do Conselho Municipal de Educação para
avaliação e análise dos objetivos e metas aqui propostos.
12.Desenvolver um Programa de Gestão
da Educação Pública orientado pelos princípios de democratização e
cooperação, de modo a assegurar a
participação dos diferentes segmentos constitutivos das instituições
educacionais no desenvolvimento de suas políticas, observando-se, a celebração
do Convênio de Cooperação com o Estado, que explicite
claramente os objetivos comuns e as necessidades financeiras do atendimento da
escolarização básica, na sua universalização e na qualidade do ensino.
13.Estabelecer, após o primeiro ano
de aprovação deste Plano, mecanismos destinados a assegurar o cumprimento dos
artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que definem os gastos
admitidos com a manutenção e desenvolvimento do ensino e aqueles que não podem
ser incluídos nessa rubrica.
14.Garantir, no prazo de dois anos após a aprovação deste
PME, autonomia financeira à Secretaria Municipal de Educação, desvinculando as suas contas da Secretaria
Municipal de Fazenda, conforme legislação em vigor.
15.Implementar, no primeiro ano após
a aprovação deste PME, políticas de Formação Continuada dos diferentes Conselhos de Educação visando o
fortalecimento destes órgãos.
16.Ampliar, após o primeiro ano de
aprovação deste PME, a autonomia administrativa e pedagógica (através do
fortalecimento da gestão participativa, da revisão do provimento do cargo de
Diretor Escolar e da Construção do Projeto
Político-Pedagógico) e assegurar, após o terceiro ano de sua
aprovação, a autonomia financeira das escolas, através do repasse direto de
recursos, para pequenas despesas de manutenção e cumprimento de sua proposta
pedagógica.
17.Apoiar tecnicamente as
escolas públicas, após o primeiro ano de aprovação deste PME, na execução de
seu Projeto Político-Pedagógico e incentivar as escolas particulares que vierem
a existir, durante esta década, a elaborarem os seus.
18.Negociar com o Estado,
a partir do primeiro ano de vigência deste PME,
a ampliação do Programa de Transporte Escolar e a revisão do valor per capita
repassado ao Município, com critérios estabelecidos e definidos em Lei
específica.
Acompanhamento e Avaliação do Plano
O Conselho Municipal de Educação é o órgão Colegiado, vinculado à Secretaria
Municipal de Educação, que tem por finalidade orientar, coordenar e assessorar
a política municipal de Educação. Nessa
instância, ele terá a responsabilidade de acompanhar e avaliar a execução do
Plano Municipal decenal de Educação. O Conselho deverá instituir comissões
específicas para fiscalização da
aplicação de verbas nos diversos níveis e modalidades de ensino.
A revisão e ajustes das metas e ações deverão acontecer
anualmente, antes do término do período escolar, tendo como subsídios os
instrumentos e procedimentos utilizados na avaliação. O município deverá
instituir um sistema de avaliação do desempenho escolar ou se integrar ao
sistema mineiro de avaliação.
No acompanhamento e avaliação do PMDE deverão ser levados em
consideração os indicadores demográfico-educacionais utilizados pela PNAD/IBGE, os indicadores gerenciais e
metas de eficiência e eficácia do sistema municipal, indicadores e metas de
desempenho acadêmico dos alunos, por escola municipal e por disciplina. As
metas mínimas de desempenho das escolas municipais deverão ser arbitradas ou
decididas pelos educadores de cada uma das escolas, garantindo-se o
protagonismo dos docentes e a autonomia pedagógica das escolas para projetá-las, segundo um parâmetro.
A Câmara Municipal de Vereadores deverá ser parceira do
Conselho Municipal de Educação no acompanhamento e na avaliação do PMDE, o que
certamente fortalecerá as decisões que devam ser tomadas para correção de rumos
e busca dos necessários suportes para levar o plano adiante.
Assim como a chuva que cai, não passa sem ter molhado a
terra...
Assim também é a palavra de Deus, não volta sem ter
transformado corações...
Por isso:
É Preciso Saber Viver.
Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer É preciso
saber viver.
Toda pedra no caminho
Você deve retirar
Uma flor que tem espinhos Você pode
se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
É preciso saber viver Saber Viver.
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SECRETARIA
DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS Política Educacional de Educação do Estado de
Minas Gerais. Proposta, 2003.
Equipe de Apoio na Elaboração do Plano
Secretaria Municipal de Educação
Luzia
Angélica de Fátima Aguiar Santos
Secretaria Executiva do Fórum Municipal de Educação
Elisabeth
Cristina Batista Bahia Pereira
Câmara de Educação Infantil
Maria
Doralice Guimarães C. e Lima
Marisa
Magalhães de Souza
Câmara de Ensino Fundamental
Arleth Gomes
da Silva e Cardoso
Rosimere
Altair Campos Araújo
Câmara de Ensino Médio e Formação Profissional
Zulma
Ferreira de Souza
Walter
Tardan
Câmara de Ensino Superior
Esmeralda
Marques Serafim
José Augusto
dos Santos Neto
Câmara de Educação Especial
Rita de
Cácia dos Santos
Maria
Aparecida Padovezi Miranda
Câmara de Educação de Jovens e Adultos
Mires Dalva
Dias Soares
Edith Marcos
Serafim
Câmara de Financiamento e Gestão de Informações
Robson Luiz
Veloso
Vadilson
Reis Cardoso Durães
Representantes da Sociedade
Jesus Magno Silveira Rodrigues |
Câmara de Vereadores |
|
Elza Mendes Nogueira de Freitas |
Câmara de Vereadores |
|
Maria Aparecida de B. Morais |
Conselho
Municipal de Educação |
|
Laurentina Ana de Souza |
Conselho
Municipal de Educação |
|
Honorival Alves Maciel |
SIND- UTE |
|
José Roberto dos Santos |
SIND- UTE |
|
José Augusto dos Santos Neto |
UNIMONTES |
|
Carlos Eduardo Corsatto |
UNIMONTES |
|
Emilze da Silveira S. Pereira |
SRE |
|
Tânia Mara do Couto |
SRE |
|
Helen Nara Souza Meirelles |
Sindicato
Norte das Escolas Particulares |
|
Roz Mery Nogueira Teles |
Sindicato
Norte das Escolas Particulares |
|
Weber Couto Garcia |
Agência de Desenvolvimento |
|
Marthius Edson G.Brandão |
Agência de Desenvolvimento |
|
Lisiane Bottino Viana |
Diocese de Janaúba |
|
Joana D”Arc da Paixão Carvalho |
Diocese de Janaúba |
|
João de Deus Barbosa dos Santos |
Loja Maçônica |
|
Odiovano Campos Júnior |
Loja Maçônica |
|
Argentino Barbosa Ferreira |
Lions Clube |
|
Luciane Carvalho de Oliveira |
Lions Clube |
|
Carmem Lúcia Carvalho de Oliveira |
Rotary Clube |
|
Herclória Rosa Pires |
Rotary Clube |
Redação e Revisão do Plano
Elisabeth Cristina Batista Bahia Pereira, Roz Mery Nogueira Teles
Diagramação do
Plano
Lisiane
Bottino Viana