Foto: Hospital Regional de Janaúba.
Um fato incomum foi registrado na cidade de Janaúba: duas doses da vacina para combate ao Coronavirus desapareceram no Hospital Regional e levou a Secretaria Municipal de Saúde a acionar a Polícia Militar para registrar o Boletim de Ocorrência e a Polícia Civil para apurar o caso. Como no local existem muitos funcionários, uma das alternativas é esperar a vacinação de todos servidores. Quem tomou a vacina “furtada” não poderá toma-la outra vez. O secretário de Saúde, Helvécio Campos Albuquerque, considerou de extrema gravidade o sumiço da vacina.
De acordo com o secretário, as pessoas que estão recebendo as doses da vacina nesta primeira fase são cadastradas para serem inseridas no Portal da Transparência informando os nomes e as
funções de cada um. Das 1.052 doses que vieram para Janaúba, 942 já foram aplicadas e as outras 110 vacinas sendo aplicadas no decorrer dos próximos dias, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde. Ele explica que após as aplicações, os frascos das vacinas são armazenados nos locais de aplicação para conferência.
Na entrevista coletiva, o secretário destaca que: “pode parecer pouco, dois frascos, mas diante do cenário de crise na saúde em que nos encontramos é extremamente preocupante estes casos, uma vez que ainda vamos receber até o final das etapas pelo menos mais 60 mil doses. Não podemos deixar passar casos como este, sem que responsabilidades sejam apuradas e é exatamente o que estamos fazendo, atendendo, inclusive, determinação do prefeito Zé Aparecido”, atesta Helvécio Campos Albuquerque.
No sábado, dia 23, mesmo, pela manhã, o prefeito Zé Aparecido e o secretário Helvécio Campos estiveram no Hospital Regional assim que tiveram conhecimento dos fatos. Sabe-se que são quatro ou cinco pessoas envolvidas, coordenadores das aplicações. “Não queremos punir ninguém, mas precisamos saber o que houve de forma clara e, diante disso, estas pessoas serão licenciadas de suas funções para as devidas apurações. Se conseguirem nos explicar o que realmente aconteceu, tudo bem, mas queremos respostas claras e objetivas”, diz o secretário de Saúde.
Segundo Helvécio, uma destas pessoas, possivelmente envolvida, teria dito que usou doses de um frasco para completar outro que teria vindo com quantidade inferior, “mas não apresentou documentos comprovando sua fala e mesmo assim também não mostrou o frasco usado. Faltam dois frascos. São duas doses. Estamos falando de vidas que estão sendo colocadas em risco”, argumenta o secretário. (Fonte: jornal Gazeta Norte Mineira)