. . . . Janaúba é um dos cinco municípios brasileiros e o único no estado de Minas Gerais contemplado com o Projeto CUIDA CHAGAS - “Comunidades Unidas para Inovação, Desenvolvimento e Atenção para a doença de Chagas”, liderado pelo Instituto Nacional de Infectologia (INI) da Fundação Oswaldo Cruz. Trata-se de uma iniciativa internacional inovadora que trabalha para testar, tratar e cuidar as pessoas afetadas pela doença de Chagas na América Latina. A implementação do Projeto em Janaúba deu início com uma visita técnica no município, entre os dias 20 e 23 de junho, ocasião em que a equipe central do projeto realizou diversas atividades: reuniões com representantes da Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde; visitas às Unidades de Saúde, ao Centro Estadual de Atenção Especializado (CEAE) e à Maternidade; oficina com representantes da gestão, educação, lideranças e associações comunitárias, profissionais de saúde, conselho municipal de saúde e funcionários das universidades; e uma reunião de planejamento com equipe central, gestão municipal e equipe local para alinhamento das próximas ações. Através de uma estratégia que combina estudos de implementação e inovação, engajamento comunitário e intervenção no mercado, o projeto busca contribuir para a eliminação da transmissão vertical dessa doença. No Brasil, apesar dos avanços, a doença de Chagas continua sendo um problema persistente em saúde pública. Dados oficiais estimam que ela afeta entre 1 a 3 milhões de pessoas, representando entre 1,0 e 2,4% da população nacional, tendo uma elevada carga de mortalidade. A doença de Chagas é uma das quatro principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias. Mulheres em idade fértil, suas crianças e contatos domiciliares são as principais beneficiárias deste conjunto de intervenções implementado em mais de 30 municípios de quatro países: Bolívia, Brasil, Colômbia e Paraguai. Em nosso país, o CUIDA Chagas atuará em municípios distribuídos em cinco estados das macrorregiões brasileiras. Os municípios foram selecionados pelo Ministério da Saúde de acordo com as prioridades da saúde pública e considerando diversidade geográfica e epidemiológica.